Sempre favorito, Nadal encara 'nova geração' em Roland Garros

Tenista espanhol busca seu 11º título em Roland Garros, mas enfrentará rivais mais jovens que estão em ascensão

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O favoritismo de Rafael Nadal já virou rotina em Roland Garros. E, a partir de deste domingo, será ainda mais forte por conta da ausência do suíço Roger Federer e do escocês Andy Murray e também pela falta de ritmo do sérvio Novak Djokovic. O 11.º troféu no saibro de Paris pode parecer uma questão de tempo para o espanhol, mas dois rivais da nova geração vão tentar estragar a festa do “Rei do Saibro”.

Os candidatos a acabar com a hegemonia de Nadal são o alemão Alexander Zverev e o austríaco Dominic Thiem. O primeiro esteve perto de derrubar o favorito na final do Masters 1000 de Roma, no domingo passado. Mas oscilações custaram a vitória no fim do terceiro set depois da paralisação pela chuva. “Eu não estive longe de vencê-lo numa final no saibro. Acho que posso adiar este plano para Paris”, diz Zverev, atual número 3 do mundo.

Nadal voltou a ser o número 1 do mundo . Foto: Pascal Rossignol/Reuters

Apesar da confiança em alta, pela série invicta de 13 jogos na terra batida até a decisão em Roma, o alemão admite o favoritismo do líder do ranking. Os dois só poderão se enfrentar numa eventual final. “Não vou dizer que estou esperando Nadal na decisão. Mas venho jogando bem e ganhando muitas partidas seguidas”, diz Zverev, tenista mais regular da temporada. Ele foi vice-campeão do Masters de Miami, campeão em Munique e do Masters de Madri, os últimos dois na terra batida.

Dominic Thiem fez o que Zverev ainda não conseguiu. Venceu o espanhol neste ano e em outras duas ocasiões, todas no saibro. O triunfo nas quartas de final no Masters de Madrid acabou com a invencibilidade do espanhol no saibro. Ele acumulava uma série de 21 vitórias seguidas, com um recorde de 50 sets vencidos de forma consecutiva.

Quando o assunto é Grand Slam, o austríaco de 24 anos é a exceção na chamada nova geração. Se Zverev ainda luta para ter um resultado “decente” nos quatro torneios mais importantes do circuito, Thiem ostenta duas semifinais, ambas em Paris, nas últimas duas edições. “Ele é um jogador com muito potencial”, admite o próprio Nadal, que também reconhece a ascensão de Zverev. “É quase impossível para ele não ter um grande resultado em Grand Slam no nível que está jogando. É uma questão de tempo.”

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A volta de Serena

Em Roland Garros, a norte-americana Serena Williams vai disputar o primeiro Grand Slam desde que se tornou mãe. A sua performance é a grande incógnita da competição e pode desequilibrar a chave feminina, que tem a romena Simona Halep e a dinamarquesa Caroline Wozniacki, campeã do Aberto da Austrália, como favoritas. Outras candidatas ao título são a espanhola Garbiñe Muguruza, a ucraniana Elina Svitolina e a checa Petra Kvitova.

Entre os brasileiros, os mais bem cotados são os duplistas, embora Bruno Soares e o escocês Jamie Murray e Marcelo Melo e o polonês Lukasz Kubot venham de resultados irregulares. Na chave de simples, o País não terá representante no feminino, pois Bia Haddad foi submetida a uma cirurgia nas costas na quinta-feira.

No masculino, Thomaz Bellucci e Rogério Dutra Silva estarão em quadra novamente. Mas só após passarem pelo qualifying, o que mostra a queda de rendimento dos brasileiros nos últimos meses. No ano passado o Brasil teve três representantes na chave principal e todos classificados diretamente.

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