"Super-sábado" é a marca do US Open

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Por Agencia Estado
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Não é sem motivos que a rodada deste sábado ganha um superlativo. O ?Super-sábado? do US Open é uma das marcas do torneio e garantia de casa cheia, com bons espetáculos. O dia começa com as semifinais do masculino, em jogos que prometem como Roger Federer diante de Lleyton Hewitt, repetindo a final do ano passado, e Andre Agassi x Robby Ginepri, na festa americana. Para terminar, a decisão do troféu feminino no horário nobre, às 20h (horário local). Há duas bilheterias no estádio Arthur Ashe - uma para as semifinais do masculino e outra exclusiva para o jogo feminino. São 23 mil assentos, o que deve assegurar mais de 40 mil pessoas para as duas sessões. Para compensar o fato de os homens terem de fazer dois jogos importantes em dias seguidos, a decisão masculina só começa no fim da tarde de domingo, às 17h (horário local), e por isso jamais se ouviu reclamações de tenistas por esta característica do US Open. Os outros Grand Slams têm as semifinais masculinas na sexta-feira. O primeiro jogo do dia terá Andre Agassi em ação, a partir das 12h de Brasília. O seu último jogo, as quartas-de-final diante de James Blake, foi memorável, terminando à 1h15 da manhã em Nova York, com mais de 20 mil pessoas no estádio. A audiência do jogo também foi recorde. E, por isso, no último set, a USA - TV a cabo - transferiu a transmissão para o canal aberto da CBS, aumentando sensivelmente o número de televisores ligados no US Open. Para este sábado, a CBS já anunciou que vai transmitir todos os jogos. Por ironia, Agassi, o dono da maior audiência, vai enfrentar justamente o tenista que menor interesse demonstrou no torneio. Ginepri chega pela primeira vez a uma semifinal do US Open e nos três jogos disputados contra Agassi sequer conseguiu ganhar um set. Mas ninguém quer perder esta partida. Afinal, são cada vez mais fortes os comentários de uma possível aposentadoria do veterano tenista norte-americano, que já se recusa a falar no assunto. ?Tudo chega ao fim num certo momento?, disse. ?Quero me concentrar no que estou fazendo e não vou mais comentar o assunto". Aos 35 anos, Agassi é o tenista mais velho a chegar a uma semifinal do US Open depois de Jimmy Connors ter feito o mesmo, aos 39 anos, em 1991. Se conquistar o título, será também o mais velho campeão desde 1970 - título conquistado por Ken Rosewall. Com dois filhos, Jaden e Jaz, casado com a ex-tenista Steffi Graf e com contas milionárias em bancos, Agassi já não vê a carreira com os mesmos objetivos de antes, como confessou. ?A vida em família tem muitos atrativos. Mesmo depois de ter ido dormir às quatro horas da manhã, após o jogo contra o Blake, avisei a Steffi para deixar as crianças me acordarem no dia seguinte. Às oito horas da manhã estavam os dois na minha cama, um querendo fazer o meu café e outro querendo brincar". Em busca de recordes e de se transformar no maior jogador de todos os tempos, Roger Federer tenta seu segundo título consecutivo no US Open. No ano passado, ganhou o troféu vencendo justamente na final seu adversário deste sábado, o australiano Lleyton Hewitt, em um placar que mostrou toda sua superioridade: 6/0, 7/6 e 6/0. Esta será a 18.ª vez que se enfrentam, com vantagem de 10 a 7 para o suíço, que também ganhou as últimas oito partidas.

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