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Tênis: crise dentro e fora das quadras

Por Agencia Estado
Atualização:

O tênis brasileiro vive, dentro e fora das quadras, uma crise sem fim. Em Montecarlo, o Brasil já está fora da disputa de um dos mais tradicionais torneios: depois de Gustavo Kuerten cair diante do alemão Rainer Schuettler, em performance irreconhecivel, agora foi a vez de Flávio Saretta perder para o apenas razoável chileno Nicolas Massu por 2 a 0, com parciais estranhas de 6/3 e 6/0. Nos bastidores, a política continua agitada. A Confederação Brasileira de Tênis - CBT - anunciou nesta terça-feira o adiamento das eleições de 15 de maio para 2 de julho, assim como da Assembléia Extrordinária, de apresentação das contas de 2003. Coincidência ou não, desde que a política se misturou com os tenistas, os resultados têm sido negativos. Saretta caiu na primeira rodada de Montecarlo, repetindo o que já havia acontecido em Miami, quando perdeu para Todd Reid, também na estréia. O jogador não reclama, mas evidentemente ficou abalado com as turbulências provocadas pelo boicote à Copa Davis, que culmiram com sua saída da agência que cuidava de sua carreira. A situação pode ter abalado Guga também. Em Montecarlo, além dos problemas físicos já conhecidos, o tenista demonstrou uma pouco comum falta de motivação. Na entrevista para imprensa internacional confessou-se preocupado com este fato. "Quando avanço no torneio, meu desempenho melhora. Mas o problema é que não sinto o mesmo entusiasmo para jogar a primeira rodada e tenho de superar este problema." Neste clima cinzento, Guga e Saretta confirmaram suas expectativas quanto a política do tênis brasileiro. Mantiveram o boicote a Davis, pois não tinham certeza da saída da atual administração de Nelson Nastas na CBT e agora a indefinição se confirma com o adiamento das eleições. Nastas esclarece em seu comunicado que esta decisão de adiar as eleições é um pedido de 18 federações estaduais, que assinaram um documento durante a Copa Davis no Sauípe. O clima, porém, promete esquentar, pois nesta quarta-feira, em São Paulo, o grupo de oposição liderado pela Federação Catarinense marcou uma reunião para definir o nome do candidato a presidência.

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