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Tênis: jogadores não admitem boicote

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Por Agencia Estado
Atualização:

O dia "D" da política do tênis brasileiro, com a programação de duas assembléias - a ordinária às 9 horas e a extraordinária, às 14 horas o Clube Sírio - promete ser uma briga de bastidores e sem o apoio do principal tenista do País, Gustavo Kuerten. A Confederação Brasileira de Tênis (CBT) quer colocar tudo em pratos limpos, depois de acusações de falta de transparência na prestação de contas. O bloco da oposição, liderado pela Federação Catarinense, estava a espera de uma liminar para cancelar as assembléias, pois alega que não teve acesso aos documentos contábeis da entidade, dentro do prazo estatutário de dez dias. Entre os jogadores, Gustavo Kuerten, em treinamento em Camboriu, garantiu que jamais pensou em liderar um boicote à Copa Davis. "Estou em outro mundo aqui em Camboriu. Estou concentrado na minha pré-temporada que será muito importante para ter um bom ano em 2004. O meu negócio é na quadra." O técnico Larri Passos também ficou indignado com os comentários de um boicote à Davis por causa da atual briga política, entre a atual gestão da CBT, com Nelson Nastás como presidente, e a Federação Catarinense, com Jorge Lacerda, na presidência. "A Davis é uma prioridade na carreira de um tenista. Qualquer jogador que treine comigo sempre estará disposto a jogar esta competição. O Guga está concentrado em seus treinamentos." Preparado para a briga política, Nastás avisou nesta terça-feira que ganhou apoio judicial à sua gestão. É que a Federação Catarinense entrou com processo exigindo anulação da aprovação das contas do ano de 2002, mas segundo informou a CBT, o juiz da 33ª vara cível julgou improcedente o pedido de Jorge Lacerda, de Santa Catarina. O bloco da oposição não se dá por satisfeito e faz novas acusações. Lacerda afirmou que a realização de duas assembléias num único dia fere o estatuto e ainda não se respeitou o prazo de dez dias para a sua convocação. "Este prazo é importante para que se possa analisar os documentos contábeis", afirmou Lacerda. "E mesmo com o não respeito a estes dez dias, estive na Confederação para ver o documento e isso me foi negado." Se não aparecerem liminares, a primeira assembléia desta quarta tem como pauta a aprovação das contas do período de 2003, apresentação de relatórios dos vários departamentos, calendários e assuntos gerais. A seguinte, à tarde, prevê explicações para o processo impetrado pela Federação Catarinense.

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