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Tenistas do US Open vão ter profissionais de saúde mental à disposição durante o torneio

Federação americana da modalidade anuncia criação de diversos serviços médicos para oferecer suporte aos atletas. Competição tem início na segunda-feira, em Nova York

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Por Redação
Atualização:

A Federação de Tênis dos Estados Unidos (USTA, na sigla em inglês), organizadora do US Open que terá início nesta segunda-feira, anunciou a criação de diversos serviços médicos com o objetivo de fornecer aos tenistas "o melhor suporte possível em termos de saúde mental" durante a disputa do torneio em Nova York. "O programa de serviços médicos do torneio incluirá provedores de serviços de saúde mental licenciados, disponíveis aos jogadores durante toda a sua duração. Além de outros serviços de apoio", disse o comunicado oficial.

O US Open trabalhará em estreita colaboração com a equipe médica e científica dos circuitos da ATP (masculino) e da WTA (feminino) para garantir que os jogadores estejam totalmente cientes dos serviços médicos disponíveis e como acessar essas ofertas de saúde, se necessário.

A tenista japonesa Naomi Osaka é uma das atletas a falar abertamente sobre saúde mental Foto: REUTERS/Hannah Mckay

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Essa "iniciativa pela saúde mental" dos jogadores profissionais é a resposta da USTA a uma preocupação crescente que, nos últimos meses, cresceu no tênis profissional. Saúde mental que gerou debates e manchetes desde que a japonesa Naomi Osaka destacou o assunto em Roland Garros, em maio passado. No Grand Slam francês, a tenista foi punida por se recusar a falar com a imprensa, recusa que ela assumiu para "preservar sua saúde mental".

Após Osaka revelar problemas de ansiedade, marcados por "vários episódios depressivos", os organizadores dos quatro torneios do Grand Slam — Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open — lhe garantiram que contaria com seus apoios, prometendo "atuar na questão da saúde mental e do bem-estar dos jogadores".

O US Open é, portanto, o primeiro Grand Slam a abordar este problema, que se manifestou entre outros jogadores como o francês Benoit Paire, "mentalmente exausto" pelo contexto da pandemia da covid-19, ou o austríaco Dominic Thiem, que "caiu em um buraco" após sua vitória no torneio do ano passado.

"Estamos ansiosos para ver como as iniciativas implementadas no US Open, e outras nos próximos meses, terão impacto no bem-estar dos jogadores", disse a diretora do torneio Stacey Allaster, prometendo continuar "procurando maneiras de melhorar a nós mesmos".

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