A Federação Internacional de Tênis (ITF) anunciou nesta sexta-feira que um tribunal antidoping independente confirmou o resultado positivo por cocaína da suíça Martina Hingis, que foi suspensa por dois anos, até outubro de 2009 - a tenista já havia anunciado aposentadora em novembro de 2007, logo após saber o resultado do exame. O tribunal, reunido durante dois dias em dezembro, determinou que a amostra de urina coletada por Hingis em 29 de junho de 2007, durante o torneio de Wimbledon, continha vestígios de cocaína, incluída na lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidoping e do Programa Antidoping do Tênis. Os juízes rejeitaram as alegações feitas em defesa de Hingis de que haveria dúvidas sobre a identidade ou integridade da amostra atribuída à tenista suíça, de 27 anos, e concluiu que esta tinha violado o regulamento antidoping. As autoridades também rejeitaram o argumento de que não houve negligência na conduta de Hingis, e argumentaram que "não cabe nenhuma redução da pena, já que não foi mostrado como a cocaína entrou em seu organismo". A Associação de Tênis Feminino (WTA) expressou seu apoio à resolução do tribunal. "Como signatário do Código da Agência Mundial Antidoping (Wada) e membro fundador do Programa Antidoping do Tênis, o circuito Sony Ericsson WTA está comprometido na defesa da integridade do tênis feminino profissional, assim como com a saúde das jogadoras", afirma em comunicado. Hingis foi suspensa por dois anos, a partir de 1.º de outubro de 2007, e seus resultados em Wimbledon foram cancelados, por isso perdeu os pontos acumulados no torneio e os US$ 129.481 (cerca de R$ 234 mil) recebidos como prêmio.