Publicidade

US Open: tenistas reclamam de jogar na chuva em torneio nos EUA

Jogadores se unem e dizem que não atuam enquanto não houver condições seguras

PUBLICIDADE

Por Julian Linden
Atualização:

NOVA YORK - O  US Open corre o risco de avançar para a sua terceira semana por causa da paralisação das partidas na quarta-feira, pelo segundo dia consecutivo, em decorrência da chuva. Os organizadores tentaram tirar o atraso da véspera, mas a garoa e a neblina deixaram as quadras de Flushing Meadows escorregadias, e vários tenistas de destaque, inclusive Rafael Nadal, se uniram para dizer que não jogariam enquanto não houvesse condições seguras."Temos de lutar para mudar isso, para termos poder suficiente para dizer que não queremos entrar em quadra quando estiver chovendo", disse Nadal à ESPN. Na hora da interrupção, o espanhol, atual campeão do torneio, perdia por 3-0 para Gilles Muller, em partida válida pela quarta rodada. "Lamento pelos torcedores", disse Nadal, "mas a saúde dos jogadores é importante". O britânico Andy Murray e o norte-americano Andy Roddick, que também estavam em quadra na hora da interrupção, também reclamaram. "Ainda estava chovendo e o fundo da quadra estava encharcado (...), estava realmente escorregadio", disse Murray, que perdia por 2-1 para o norte-americano Donald Young. Roddick, que estava vendendo o espanhol David Ferrer por 3-1, disse que "se está em discussão se as quadras têm condições de jogo, é porque elas não têm condições de jogo". "Queríamos ter certeza de que não seremos postos nessa situação outra vez, e acho que agora fomos claros". A Associação de Tênis dos EUA (USTA) defendeu a retomada da rodada na quarta-feira, alegando que as quadras pareciam estar em boas condições, mas afinal aceitou levar em conta as preocupações dos tenistas. "As condições podem não ser ideais, mas ainda assim podem ser seguras", disse a USTA em nota. "No entanto, se um jogador ou jogadores sentem que as condições não são seguras, nós os ouvimos, como sempre fizemos, e o árbitro usa essa informação como parte da sua avaliação sobre continuar ou suspender o jogo". Nos últimos três anos, todas as finais masculinas do Aberto dos EUA precisaram ser disputadas numa segunda-feira, e não num domingo, por causa do mau tempo. Os adiamentos também retomam o debate em torno do fato de não haver cobertura no Estádio Arthur Ashe, maior arena do tênis mundial. A USTA diz que cobri-lo é inviável porque o gasto com a obra, superior a 150 milhões de dólares, seria mais bem empregado em programas de formação de novos jogadores. Outros dois torneios do Grand Slam --o Aberto da Austrália e Wimbledon-- têm tetos retráteis nas suas quadras centrais. Roland Garros deve cobrir a sua em 2014.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.