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Vitória sobre Federer entusiasma Safin

Por Agencia Estado
Atualização:

Só mesmo um talento como o de Marat Safin para acabar com a hegemonia de Roger Federer. Num dia em que o tenista russo não sofreu com o costumeiro descontrole emocional, teve o merecido presente de aniversário e comemorou seus 25 anos com vitória sobre o número 1 do mundo, não sem luta, emoção e drama. Depois de 4h28, após seis match points, enfim, marcou 5/7, 6/4, 5/7, 7/6 (9/6) e 9/7 para chegar a terceira final do Aberto da Austrália de sua carreira (em 2002 perdeu para Thomas Johansson e em 2004 para Federer). Seu adversário desta vez, sairá da semifinal entre Andy Roddick e Lleyton Hewitt, que rivalizam nesta sexta-feira a partir das 6h30 de Brasília, com transmissão da ESPN Internacional. Federer estava invicto há 26 jogos. Sua última derrota foi para o checo Thomas Berdych, na segunda rodada do Torneio Olímpico de Atenas, em agosto. No circuito, porém, o último resultado negativo tinha sido em Roland Garros, diante de Gustavo Kuerten. Diante de um top ten, o suíço não perdia desde o Masters Series de Madri, de 2003, diante de Juan Carlos Ferrero. "É impossível expressar em palavras o que singnifica para mim vencer Federer", disse Safin. "Para ser honesto, é difícil até dizer o que sinto." Emotivo, Safin estava distribuindo sorrisos e mostrava-se eufórico na entrevista coletiva. Conhecido por gostar da noite, nem ligou quando, ao deixar a sala, ironizaram que iria comemorar aniversário e vitória sobre Federer em Santa Kilda - bairro noturno de Melbourne. Seu box na Rod Laver Arena prenunciava uma festa. Esteva repleto de mulheres bonitas, mas uma especial, a namorada Natasha Zukova. Sempre de bom humor, fez uma revelação, que refletiu bem suas dificuldades para superar o número 1 do mundo, depois de seis match points. "Ele (Federer) sempre coloca muita pressão", disse. "Não importa quantos match points você tenha é sempre preciso ter muito cuidado, pois não é nada fácil vencê-lo". Na verdade, Safin esteve também muito perto da derrota. No tie break do quarto set, Federer teve vantagem de 5 a 2 e depois um match point nas mãos. "É sempre muito dolorido perder um jogo, depois de ter um match point", afirmou Federer. "Um ponto aqui, outro lá, mudam o rumo da partida. Mas, por outro lado, posso sair feliz, pois dei tudo que tinha para vencer." O tenista suíço, durante o jogo, precisou de atendimento por causa de bolhas no pé e dores no ombro direito, mas não quis usar isso como justificativa. "São coisas que me atrapalharam, mas não se trata de lesões sérias". Aliás, pelas estatísticas, a vitória bem que poderia ter ido para Federer. Venceu no total 201 pontos contra 194 de Safin e cometeu 59 erros não forçados contra 60 do russo. FESTA AMERICANA - A decisão do torneio feminino do Aberto da Austrália será uma verdadeira festa americana, entre Lindsay Davenport, número 1 do mundo, e há quatro anos longe de uma decisão de Grand Slam, e Serena Williams, há 18 meses sem um título desta série. Para chegar à final, Serena fez um jogo tenso, cheio de provocações diante de Maria Sharapova, vencendo por 2/6, 7/5 e 8/6, em 2h39. O resultado, porém, esteve bem perto de favorecer a tenista russa que teve três match points, com seu saque, mas não aproveitou. "Tenho apenas 17 anos e não vejo problemas e ter desperdiçado esta chance", disse Sharapova. "Já ganhei o bastante para minha idade, inclusive Wimbledon e o Masters". Estes dois títulos, por coincidência vieram com vitórias sobre Serena, na final. "Venci Maria e a mim mesmo", definiu Serena Williams. Já Davenport eliminou Nathalie Dechy por 2/6, 7/6 (7/5) e 6/4.

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