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A McLaren deveria ter sido excluída da Fórmula 1, diz Mosley

Ex-presidente da FIA afirma que foi "voto vencido" no julgamento do caso de espionagem em 2007

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Por Redação
Atualização:

O ex-presidente da FIA, Max Mosley, revelou ter sido "voto vencido" no julgamento do caso de espionagem envolvendo roubo de informações estratégicas da Ferrari, que foram entregues à McLaren. Para o dirigente, a equipe inglesa deveria ter sido excluída dos campeonato de 2007 e 2008. Na ocasião, o time de Ron Dennis foi punido com a multa recorde de US$ 100 milhões (cerca de R$ 175 milhões, atualmente) e a perda dos pontos no Campeonato de Construtores de 2007. "A pena mais adequada para a McLaren em 2007 era a exclusão do campeonato, uma vez que eles conheciam também os detalhes do carro da Ferrari para 2008. A melhor coisa seria excluí-los dos campeonatos de 2007 e 2008", disse o dirigente inglês, em um artigo assinado no jornal inglês "The Telegraph", publicado neste sábado."Sei que a luta pelo título entre Lewis Hamilton, Fernando Alonso e Kimi Raikkonen em 2007 teria terminado ali, caso a McLaren fosse excluída, mas eu fui a favor da sanção. Sabia as consequências, mas acredito na velha máxima jurídica que 'casos difíceis fazem a lei'. Só que eu estava em minoria no Conselho", continuou o dirigente.

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Em 2007, graças a uma combinação de resultado, Raikkonen acabou com o título, por um ponto, ao vencer a última corrida, no Brasil. Mas no ano seguinte a McLaren levou o campeonato com Hamilton, na disputa final com Felipe Massa, também por apenas um ponto.

"A McLaren teve, entre abril e junho [de 2007], informações cruciais sobre a construção dos carros da Ferrari para o ano seguinte. Isto certamente influenciou e beneficiou a equipe inglesa no campeonato de 2008", justificou Mosley, que deixou a presidência da entidade neste ano, sendo substituído pelo francês Jean Todt.

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