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Alex Barros faz ajuste final na moto

Por Agencia Estado
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Alexandre Barros começa nesta quarta-feira, em Barcelona, a última semana de testes oficiais na Europa, com a Yamaha M1, antes da abertura do Mundial de MotoGP - em 6 de abril, em Suzuka, no Japão. Até agora, desde que começaram os treinos de inverno, o piloto brasileiro quebrou recordes de três circuitos - Valencia, Barcelona e Estoril - e foi o mais rápido em Jerez de La Frontera. Depois de oito anos competindo pela Honda, sendo quatro com a equipe West Honda Pons, Alex Barros transferiu-se para a Gauloises Yamaha Tech 3 nesta temporada. E desde o primeiro teste com a Yamaha M1 tem obtido marcas superiores às que tinha com a Honda 500. "Nosso entrosamento está muito bom. Estamos corrigindo os últimos detalhes da M1 e começaremos o campeonato em boa situação. Falta só o acerto da geometria da moto. Ela vai ficar do jeito que eu gosto, própria para meu estilo", revelou o brasileiro, no fim de semana, antes de embarcar para a Espanha. Desde janeiro, Alex Barros estabeleceu 1m32s8 para Valencia (meio segundo mais rápido do que a pole de 2002), 1m44s0 para Barcelona (meio segundo mais rápido do que a pole de 2002) e 1m39s6 para Estoril (um décimo mais rápido do que no ano passado). E foi o piloto mais rápido nos testes em Jerez de La Frontera. Para esta temporada, quando todas as equipes competirão com máquinas de quatro tempos, Alex Barros prevê quebra de recordes em quase todas as pistas. Uma semana antes da abertura do Mundial, todos terão dois dias de testes em Suzuka. O campeonato terá as mesmas 16 etapas de 2002. O GP do Brasil está previsto para 20 de setembro, em Jacarepaguá. Mas está ameaçado pelas obras que a prefeitura do Rio fará no circuito, adequando-o à disputa dos Jogos Pan-Americanos/2007. "Esse é um evento que o Brasil não pode perder. Do contrário, será muito difícil voltar a ter uma data no calendário", alertou o piloto. Alex Barros, de 32 anos, é um dos pilotos mais velhos da categoria. Compete desde 1990 e soma seis vitórias. "Apesar disso, estou me sentindo um novato. Não vejo a hora de começar o campeonato. A diferença entre correr por uma equipe particular e uma de fábrica como a Yamaha é grande. E esta é minha primeira oportunidade." Curiosamente, até agora, a Yamaha do Brasil ainda não procurou o piloto para promover a marca no País. "Imagino que este seria o momento certo para isso", acredita. O rendimento da Yamaha M1 fez com que Alex Barros deixasse de se preocupar com pistas onde nunca andou muito bem, como Brno, na República Checa. "Estou confiante de que teremos chances em todos os circuitos." No ranking de seus adversários mais difíceis para esta temporada, Alex Barros abre a lista, naturalmente, com o italiano Valentino Rossi, com a potente Honda RC 211V, de cinco cilindros, da equipe oficial Repsol. Depois, por ordem, cita outro italiano, Max Biaggi, que ficou com sua vaga na equipe Honda Pons, o japonês Daijiro Kato, também da Honda, o italiano Loris Capirossi (seu ex-companheiro na Honda Pons), que correrá com uma Ducati Desmosedici, e o norte-americano Colin Edwards, com uma Aprilia RS3 Cube, que foi muito bem nos testes de inverno. "Este vai ser um Mundial imprevisível. As equipes se reforçaram muito e as motos apresentarão novidades. Mesmo as marcas de menor tradição devem ser vistas com cautela porque poderão surpreender ao longo do ano." Outras marcas que estarão envolvidas no MotoGP são a Suzuki, com destaque para o norte-americano Kenny Roberts, e a Kawasaki, que, dentre outros, terá o piloto australiano Garry McCoy. A equipe oficial da Yamaha, além do brasileiro, terá o francês Olivier Jacque (também pela Gauloises) e a dupla da equipe Fortuna: o espanhol Carlos Checa e o italiano Marco Melandri. Alex Barros e Checa são os primeiros pilotos das respectivas equipes e com direito a atendimento preferencial dos técnicos e engenheiros japoneses. Alex Barros espera que o motociclismo ganhe mais prestígio no Brasil este ano. A SporTV mostrará todas as provas ao vivo e o brasileiro, antes de viajar para a Espanha, conversou com dirigentes da Rede Globo. "Eles me disseram que estão viabilizando a transmissão pela tevê aberta. Isso seria ótimo." Nesta quarta-feira, antes do início dos testes em Barcelona, os pilotos farão um minuto de silêncio em homenagem ao ex-campeão mundial de motociclismo, o inglês Barry Sheene, 52 anos, que morreu de câncer no estômago na segunda-feira, em Queensland, Austrália, onde morava desde que abandonou a pistas.

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