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Alonso amplia diferença para 24 pontos

Por Agencia Estado
Atualização:

Quando o motor Mercedes de Kimi Raikkonen explodiu nos treinos livres de sexta-feira do GP da França, em Magny-Cours, Fernando Alonso, da Renault, líder do Mundial, respirou aliviado: seu principal adversário na décima etapa do campeonato estava quase fora da luta pela vitória, afinal perderia dez colocações no grid. Sem o concorrente, neste domingo, o único capaz de enfrentá-lo hoje na Fórmula 1, Alonso passeou nas 70 voltas da corrida, para delírio dos franceses e espanhóis que lotaram as arquibancadas, sob calor intenso. Já Raikkonen necessitou recorrer ao seu imenso talento também para chegar em segundo, depois de largar no 13.º lugar. Michel Schumacher, da Ferrari, completou o pódio, em terceiro. Com a quinta vitória em dez etapas, Alonso ampliou sua vantagem no Mundial de 22 para 24 pontos. Tem 69 pontos diante de 45 do finlandês. Restando nove provas para o encerramento da temporada e tendo-se em conta o excepcional momento de Alonso e da Renault, não seria exagero se afirmar, como todos já comentam na Fórmula 1: o asturiano, de apenas 23 anos, está com a mão na taça. "Fiz questão de mostrar a marca do meu boné, no pódio", contou Alonso, na entrevista para os espanhóis. Seu boné lhe fora dado pela Michelin. Foi a maneira que encontrou para expor seu apoio ao fabricante francês de pneus depois do vexame provocado em Indianápolis. "Estou orgulhoso pela Renault, que tem aqui, hoje, seis mil funcionários, e a Michelin, pelas imensas dificuldades de duas semanas atrás", afirmou Alonso. Esnobou até seus adversários. "Admito, foi fácil. Vi que Jarno Trulli (Toyota), em segundo, não tinha o meu ritmo e procurei abrir tudo o que podia até meu primeiro pit stop (20.ª volta) para depois administrar a vantagem." Alonso ficou a poucos segundos de dar uma volta em cima de Michael Schumacher, que afirmara ser possível vencer o GP da França. A cara do alemão, depois da bandeirada, refletia sua resignação: "O terceiro era o máximo que dava para conseguir". Rubens Barrichello, seu companheiro, com problemas de freios, ficou em nono, enquanto Felipe Massa, Sauber, abandonou na 30.ª volta de um total de 70, com pane hidráulica. Vinha bem na prova. Ao lado de Alonso, o maior nome da corrida foi Kimi Raikkonen. "Estou frustrado. Diante das circunstâncias, até que o desastre não foi grande. Fiquei apenas dois pontos mais distante de Alonso." Optou por duas paradas, em vez de três, como a maioria, e teve performance espetacular ao terminar em segundo. "Eu venceria aqui não fosse o problema com o motor, sexta-feira." Ele admitiu que, domingo, no GP da Grã-Bretanha, em Silverstone, suas chances são ainda maiores de vencer que em Magny-Cours. "No nosso último teste lá fomos realmente muito rápidos". Alonso concordou com Raikkonen. "Não é a melhor pista para nós. Um lugar no pódio, com a vantagem que tenho na classificação, já poderá ser bom."

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