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Após punições em Santiago, Di Grassi critica regra 'estúpida' da Fórmula E

Brasileiro estava, na volta interna no treino classificatório, com pressão sobre o freio superior a que registrou nas voltas rápidas

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Parecia que Lucas di Grassi teria uma corrida para ficar marcada em sua trajetória na Fórmula E, neste sábado. Mas duas duras punições praticamente acabaram com o fim de semana do brasileiro na terceira etapa do campeonato, em Santiago, no Chile. Ele ficou na 12ª posição, apesar de obtido a pole position, que foi anulada, e ter terminado na nona colocação na etapa de Santiago, no Chile.

Di Grassi começou o dia fazendo grande exibição no treino classificatório. Ele obteve a sua primeira pole position na temporada com diferença de quase meio segundo sobre o segundo colocado, algo incomum na categoria. Mas, poucos minutos depois, recebeu a notícia de que estava desclassificado e teria de largar da última posição no grid.

Após punição em Santiago, Lucas di Grassi critica regra da Fórmual E. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

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"Foi um dos momentos mais injustos da minha carreira porque foi uma volta mágica, podia me dá mais quinze voltas na Super Pole e eu não conseguiria baixar um centésimo daquela volta. Coloquei meio segundo sobre o [Sebastien] Buemi, o segundo colocado. Acho que nunca houve uma diferença tão grande do primeiro para o segundo num treino da Fórmula E", comentou o brasileiro, ao fim da corrida.

O piloto sofreu a dura punição porque foi enquadrado em uma regra técnica um tanto específica da categoria. Ele estava, na volta interna no treino classificatório, com pressão sobre o freio superior a que registrou nas voltas rápidas. Esta regra exige um certo padrão na frenagem para evitar sobrecarga sobre este sistema.

"Esta regra é estúpida, uma das mais estúpidas que já vi", criticou o piloto. "Esta regra foi criada na semana passada e a última atualização dela foi enviada aos pilotos ontem à noite. Eu nunca esperaria ser desclassificado por um motivo desses", disse Di Grassi, sem esconder a irritação.

Além disso, ele criticou a redação da regra, que causaria confusão na sua execução. "É uma regra muito difícil de você verificar se está sendo cumprida. E a regra está escrita errado. A regra diz que você não pode usar a pressão de freio diferente da sua volta rápida. Mas o que isso significa? Na minha opinião, essa regra até poderia ser aplicada, mas deveria ser redigida de forma melhor."

O que estava ruim para o piloto iria piorar na metade final da prova. Em busca de uma corrida de recuperação, ele atingiu a traseira do argentino José Maria López, da equipe Dragon. E, por isso, sofreu uma punição de "stop and go" que o tirou da zona de pontuação. Caiu, assim, do nono para o 12º lugar na classificação final da prova.

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"Eu não entendi, foi um incidente na bandeira amarela. Eu estava perto dele [López], ele tirou o pé muito cedo e eu estava muito próximo e acabei batendo nele. Peço desculpas a ele por ter causado este incidente, mas acabou sendo um acidente de corrida", reclamou Di Grassi, que também viu exagero no tipo de punição.

Para o brasileiro, as duas punições acabaram com qualquer chance de pódio e até de vitória. "É difícil ficar falando em 'se'. Se não houvesse a desclassificação no treino, se não houvesse a punição durante a corrida. Mas acredito que tínhamos chances de vitória hoje", lamentou.

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