Após somar 1º ponto da Williams no ano, Kubica contém euforia e prevê GP difícil

Polonês aproveitou penalizações aplicadas a Raikkonen e Giovinazzi no GP da Alemanha para conseguir a pontuação

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

De volta à Fórmula 1 como piloto titular a partir do início desta temporada, Robert Kubica herdou a décima posição do GP da Alemanha, no domingo passado, em Hockenheim, após a punição à dupla da Alfa Romeo, formada pelo finlandês Kimi Raikkonen e o italiano Antonio Giovinazzi. Com isso, o polonês acabou somando o primeiro ponto da Williams em 2019.

A tradicional equipe inglesa, que amarga a pior fase de sua história na F-1, ocupa a décima e última posição do Mundial de Construtores da categoria. E a escuderia britânica saiu do zero nesta classificação justamente na corrida para a qual trouxe atualizações para o seu carro, mas o desempenho exibido na pista alemã nos treinos e na prova passada ficaram longe de dar esperança de reação ao time no Mundial.

Robert Kubica pediu cautela no GP da Hungria após a Williams conquistar seu primeiro ponto no ano na temporada da Fórmula 1 Foto: Attila Kisbenedek/AFP

PUBLICIDADE

E Kubica conteve qualquer princípio de euforia ao projetar nesta quinta-feira, em Budapeste, o GP da Hungria, marcado para ocorrer neste domingo. O experiente piloto de 34 anos previu uma prova difícil para a Williams na pista húngara e tem consciência de que só somou um ponto porque a corrida na Alemanha foi repleta de problemas: contou com chuva, cinco entradas do carro de segurança, sete abandonos e duas punições aplicadas aos pilotos depois da bandeirada final.

Antes da decisão dos comissários, Kubica havia terminado a prova em Hockenheim em 12º lugar, mas ganhou duas posições com as penalizações a Raikkonen e Giovinazzi, punidos por conta de um ajuste irregular na embreagem dos seus carros no momento da largada. Ambos tiveram 30 segundos de acréscimo ao seu tempo final e, com isso, o finlandês e italiano caíram dos respectivos sétimo e oitavo lugares para a 12ª e 13ª posições na classificação final da corrida alemã, na qual apenas 13 pilotos conseguiram completá-la.

"Foi um pouco de sentimentos misturados no fim. É claro, é bom você ter ao menos esse ponto na classificação, mas a forma pela qual ele veio certamente é uma coisa que você não esperaria", admitiu Kubica em Budapeste, onde também destacou que a performance do modelo da Williams ainda precisa evoluir muito para ser competitivo no grid da F-1.

"Nosso ritmo foi questionável, mas nós (da equipe) ainda guiamos para manter o carro na pista. E depois com a Alfa Romeo sendo penalizada, ganhamos duas posições, então significava que estaríamos em décimo lugar - o que é bom, mas ainda temos de continuar trabalhando e definitivamente esse ponto é graças aos caras (mecânicos e outros integrantes da Williams), que estão fazendo um ótimo trabalho na pista, se esforçando muito. Nós realmente não estamos tendo grandes momentos (na temporada), mas eles continuam trabalhando muito e (o resultado em) Hockenheim também foi graças a eles", analisou o polonês.

As penalizações aplicadas a Raikkonen e Giovinazzi também beneficiaram o inglês Lewis Hamilton, que teve uma corrida cheia de problemas na Alemanha e acabou saltando da 11ª para a nona colocação. Com isso, o britânico chegou aos 225 pontos e aumentou a sua vantagem na liderança do Mundial, pois Valtteri Bottas, seu companheiro de Mercedes e atual segundo colocado do campeonato, sofreu um acidente e abandonou a prova.

Publicidade

O finlandês tem 184 pontos e também viu a sua vantagem sobre o holandês Max Verstappen, da Red Bull, vencedor do GP da Alemanha e terceiro colocado na classificação geral, ser reduzida para 22 pontos. O alemão Sebastian Vettel, que obteve o segundo lugar pela Ferrari após uma grande prova de recuperação, está na quarta posição do Mundial, 21 pontos atrás de Verstappen.

Kubica reconheceu que viu "algumas melhorias" no carro da Williams em Hockenheim, mas enfatizou a necessidade de a equipe conseguir obter "melhorias maiores em comparação com a concorrência" e qualificou essa missão como "muito difícil" no cenário atual da Fórmula 1. E ele lembrou que as exigências da pista do circuito de Hungaroring, em Budapeste, o fazem prever um GP difícil para a equipe inglesa.

"Esta pista é muito complexa. Eu acho que há setores que requerem muita aderência mecânica e aerodinâmica, então eu diria que não é o tipo de pista em que estaremos mais próximos de nossos concorrentes do que em outras", disse o polonês.

O primeiro treino livre do GP da Hungria começa às 6 horas (de Brasília) desta sexta-feira, enquanto a segunda sessão do dia será iniciada às 10h, mesmo horário da qualificação para o grid, no sábado. A largada da prova ocorrerá às 10h10 de domingo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.