Barrichello bate na Turquia recorde de 257 corridas na F1

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Por ALAN BALDWIN
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O piloto Jenson Button liderou os elogios a seu companheiro de equipe Honda, Rubens Barrichello, nesta quinta-feira, no Grande Prêmio da Turquia. O brasileiro se prepara para o recorde de 257 provas disputadas na Fórmula 1. "Isto é fantástico, e ele não parece ter mais de 37 anos", brincou o inglês, concordando que o brasileiro, que na verdade tem apenas 35 anos, não mostra sinais de que está reduzindo a velocidade. Button tinha apenas 13 anos quando Rubinho fez sua estréia com a extinta Jordan, aos 20 anos, na África do Sul, em 1993. "Eu havia visto Rubens correr na Fórmula 3 e fiquei bem impressionado com ele", disse recentemente Eddie Jordan, o primeiro chefe de equipe de Barrichello na F1. "Mas foi apenas quando recebi uma ligação de Ayrton Senna, que me disse que ele era um grande garoto, que eu pensei seriamente em contratá-lo", acrescentou. A paisagem da Fórmula 1 mudou consideravelmente desde então. A Williams, que ganhou uma corrida pela última vez em 2004, dominava as pistas em 1993, enquanto a Ferrari estava em depressão. O então futuro companheiro de equipe Michael Schumacher, agora aposentado e com sete campeonatos mundiais, tinha apenas uma vitória no currículo. O italiano Riccardo Patrese estava em sua última temporada com a Benetton, saindo fora de cena com sua 256a participação em uma corrida, marca que será apagada no próximo domingo com o recorde de Rubinho. "Sentirei tristeza, é claro", disse Patrese nessa semana. "Estava feliz em manter o recorde, mas recordes estão aí para serem batidos e tudo o que posso dizer é que parabenizo Rubens por isso". Os pilotos estão mais novos, mas a marca extraordinária de Barrichello poderá se manter pelo mesmo tempo que a de Patrese. O contrato de Rubinho com a Honda acaba no final da temporada e ele não marca pontos desde 2006, mas ele gostaria de continuar por algum tempo ainda. "Me sinto mais feliz quando estou na F1, me preparando para uma corrida, do que quase em qualquer outro lugar", disse Rubinho essa semana. "Enquanto as pessoas olham para minha carreira de 16 anos, estou olhando para frente e a próxima corrida é o que mais importa", disse. Se a parte mais triste da carreira de Barrichello foi em Ímola em 1994, quando perdeu seu amigo e compatriota Ayrton Senna, a parte mais feliz foi na Ferrari. Rubinho venceu nove vezes com a escuderia italiana entre 2000 e 2004 como o companheiro leal de Schumacher. "Realmente tivemos bons momentos, não apenas nas pistas, mas também fora", disse Schumacher em um tributo a Barrichello. "Rubens é o cara perfeito para se divertir, então espero que ele não demore muito para se aposentar."

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