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Barrichello inicia nova fase na Ferrari

Com o contrato renovado até 2006, o piloto brasileiro inicia na próxima terça-feira o seu maior sonho na escuderia italiana: ser campeão ao menos uma vez da categoria.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Rubens Barrichello e Michael Schumacher serão companheiros de equipe, na Ferrari, até o fim do campeonato de 2006. A escuderia italiana anunciou nesta quarta-feira, oficialmente, a renovação do contrato do brasileiro. Agora, todos os principais integrantes do time de Maranello, como a sua dupla de pilotos, Jean Todt, diretor-esportivo, Ross Brawn, diretor-técnico, Rory Byrne, chefe de projetos, e Paolo Martinelli, diretor da divisão de motores, têm compromisso com a Ferrari até a mesma data. "Disponho de mais três anos para realizar meu sonho de ser campeão do mundo ao menos uma vez", afirmou Rubinho. Quando os jornalistas entraram na sala de imprensa do Golf Hotel, quartel-general do tradicional encontro da Ferrari com a imprensa, nesta quarta-feira, na estação de esqui de Madonna di Campiglio, encontraram sobre as cadeiras um breve comunicado, de apenas duas linhas, confirmando a notícia divulgada pela Agência Estado há dez dias. "Tive contato com outras equipes, mas minha primeira opção sempre foi a Ferrari", disse o piloto. "Nossas conversas sempre foram no sentido de estender o contrato por dois anos e não apenas um. Não foi difícil chegar a um acordo." Os termos da negociação haviam sido definidos há tempos, segundo explicou, mas "assinei mesmo apenas ontem (terça-feira), quando cheguei a Maranello." Rubinho recordou os dias difíceis que se seguiram à Ferrari anunciar a renovação de Schumacher, Todt, Brawn, Byrne e Martinelli, ano passado, e deixá-lo de lado. "Todos esperavam me ver nervoso. Mas se há algo que aprendi é permanecer com os pés da terra e manter-me sereno." As condições de seu contrato eram outras, disse. "Vou continuar na Ferrari por causa de meu trabalho na pista e minha experiência em melhorar o carro." Nas quatro temporadas em que correu com o time italiano Rubinho disputou 64 GPs, venceu 7, estabeleceu 7 pole positions, somou 260 pontos e foi vice-campeão em 2002. Mais: a Ferrari ganhou tudo, quatro títulos de pilotos com Schumacher e quatro de construtores. Aumento - Na próxima terça-feira Rubinho reinicia em Barcelona esse novo período na Ferrari, ainda que, ao que tudo indica, as condições do compromisso sejam as mesmas, ou seja, Schumacher como primeiro piloto. "Correr ao seu lado não é motivo de preocupação e sim de orgulho." Especula-se, contudo, que Rubinho ganhará, agora, cerca de US$ 8 milhões por ano em vez dos US$ 6 milhões do contrato em vigor até o fim deste ano. No teste do Circuito da Catalunha, a maior preocupação da Ferrari não será com os novos componentes a serem incorporados no modelo 2004 a ser lançado dia 26, mas com a evolução dos novos pneus Bridgestone. Rubinho reconheceu o avanço dos adversários, McLaren e Williams, escuderias da Michelin, nos treinos até agora. "Não dá para garantir nada porque não conhecemos as condições em que eles testaram, mas é preciso reconhecer que estão bem velozes mesmo." Por fim, o piloto da Ferrari falou do que significa para ele competir na temporada em que a Fórmula 1 recordará os dez anos da morte de Ayrton Senna. "Lembro dele diariamente, os dez anos não são motivo para eu dar mais ou menos de mim." Há na Itália rumores de que a Maserati, marca do grupo Ferrari, irá inscrever o novo modelo que está desenvolvendo para disputar as 24 horas de Le Mans, e os pilotos seriam Schumacher e Rubinho. "Já disputei corridas longas, como faço todos os anos com as 12 horas de Kart da Granja Viana e, em 1994, as Mil Milhas, no Brasil. Não é meu estilo de prova, porque guio agressivamente, mas seria um desafio, não é uma má idéia." Schumacher desembarcou nesta quarta-feira em Madonna di Campiglio e nesta quinta-feira conversa com os jornalistas.

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