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Barros é alvo de disputa entre equipes

O piloto brasileiro da Honda provou que se tivesse uma moto quatro tempos poderia competir com os melhores e agora recebe convite de todas as marcas para correr em 2003.

Por Agencia Estado
Atualização:

Para um piloto que acaba de fazer 32 anos de idade e está prestes a concluir sua 12ª temporada no Mundial de Motovelocidade, o primeiro título passa a ser, normalmente, uma realidade mais distante. Alexandre Barros demonstrou, porém, que se tivesse disputado o campeonato, desde o início, com a Honda RC211V de quatro tempos, igual a do fenomenal Valentino Rossi, em vez da NSR de 2 tempos, poderia ter tornado a conquista do título pelo italiano mais difícil. Nas últimas três etapas do Mundial, Japão, Malásia e Austrália, quando passou a pilotar a Honda RC211V, Barros conseguiu uma vitória, um terceiro e um segundo lugar. Resultado: ele recebeu proposta de todas as marcas para 2003. ?Honda, Yamaha, Kawasaki e Aprilla me convidaram para correr.? Ninguém questiona que Valentino Rossi é hoje o Michael Schumacher da Moto GP. Mas quando deram a Barros a Ferrari F2002 também, ou a Honda RC211V, o carismático e competente Rossi teve de utilizar todos os seus imensos recursos para vencer. E no caso da etapa de Motegi, no Japão, na sede da sua equipe, a Honda, eles não foram suficientes. Andou atrás de Barros. O brasileiro tornou-se a sensação do final de campeonato e tem até chances de ser vice-campeão na última corrida, dia 3 em Valência, na Espanha. Está com 179 pontos diante de 198 de Tohru Ukawa, piloto oficial da Honda também, e 199 de Max Biaggi, da Yamaha. O vencedor do Mundial soma 25 pontos e o segundo, 20. ?Sempre falei que quem usasse uma moto 2 tempos estaria na categoria 250 e uma de 4 tempos na 500, ?, disse Barros em Barcelona, sexta-feira, para explicar sua arrancada espetacular. ?A RC211V é melhor em tudo, potência, consumo de pneus, ajustes, cansa menos pilotá-la.? E Barros conta que a moto que usou nas três últimas provas é, na realidade, a de que Rossi dispunha na abertura do Mundial. ?De lá para cá a Honda desenvolveu bem a moto.? Rossi tem todos os méritos de um grande campeão, comentou Barros, ?ele é eficiente em todas as condições, como é necessário para ser campeão?, mas acrescentou também que a moto lhe facilitou bastante expressar seu talento. Em 15 etapas realizadas, Rossi venceu 11, foi segundo três vezes e na outra abandonou. Vem aí - A temporada 2003 se apresenta para Barros como a de melhor perspectiva da carreira nas 500, que começou ainda em 1990, na Cagiva. ?Acho que provei que, se tiver uma moto oficial de fábrica, posso lutar pelo título.? Ele pode permanecer na sua atual equipe, West Honda Pons, mas com uma moto igual à do time da Honda. ?Estamos negociando, há chances.?

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