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BB alega restrição orçamentária para encerrar patrocínio a Nasr na F-1

Brasileiro vê sua permanência na F-1 em 2017 ficar ainda mais difícil de acontecer

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Felipe Nasr ainda não sabe se seguirá na Fórmula 1 em 2017. E o maior obstáculo a sua permanência foi o fim do patrocínio do Banco do Brasil à equipe Sauber. Sem o aporte financeira da empresa de economia mista, o piloto brasileiro tem chances remotas de ganhar uma vaga no grid do próximo ano. Nesta quinta, o banco justificou a decisão de renovar o vínculo.

Em comunicado enviado à reportagem do Estado, o Banco do Brasil alegou "restrições orçamentárias" e mudanças na "estratégia de marketing" para não renovar o contrato de patrocínio. A empresa não revela os valores envolvidos, mas as cifras do acordo que chegou ao fim alcançariam 15 milhões de euros (cerca de R$ 50 milhões).

Felipe Nasr ainda não sabe sobre a sua permanência na Sauber Foto: Reuters

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"O Banco do Brasil reconhece o talento do piloto Felipe Nasr, orgulha-se por ser o patrocinador responsável por seu ingresso na F-1, mas, por restrições orçamentárias e estratégias de marketing, entende como necessário rever seu investimento na categoria neste momento", informou o banco.

Na negociação recente, o Banco do Brasil pretendia renovar o contrato por um valor menor. Exigiu, portanto, que o piloto obtivesse outros apoios nacionais para complementar a soma dos anos anteriores, o que não aconteceu.

"O Banco do Brasil informa que condicionou a renovação do contrato de patrocínio à escuderia Sauber na F-1 à entrada de outros patrocinadores, públicos ou privados, reduzindo o valor investido pelo Banco no projeto de marketing", justificou a instituição financeira, que garantiu a manutenção do vínculo pessoal com Nasr. O piloto tem contrato individual, de valor bem inferior ao desembolsado à Sauber, até 2019.

O fim do patrocínio à equipe suíça acontece num contexto de reestruturação do banco, que tenta reduzir custos. No início da semana, o Banco do Brasil anunciou o fechamento de 402 agências em 2017 e o incentivo à aposentadoria de até 18 mil funcionários.

Sem o apoio do banco, Nasr tem reduzidas suas chances de seguir na F-1 em 2017. Apenas duas equipes ainda tem vagas disponíveis para o grid da próxima temporada: a Sauber e a Manor. A equipe suíça confirmou a permanência do sueco Marcus Ericsson no início da semana.

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O anúncio marcou novo revés na busca de Nasr em continuar na Sauber, mesmo tendo sido quem conquistou os únicos pontos da equipe na temporada. No tumultuado GP do Brasil, de muita chuva e duas paralisações na corrida, ele terminou em nono lugar, obtendo os dois primeiros pontos da Sauber no Mundial de Construtores.

Com este nono lugar, Nasr fez a Sauber ganhar uma preciosa posição no campeonato, que pode garantir à equipe US$ 40 milhões (cerca de R$ 135 milhões) em premiação. O time subiu para o 10º lugar, empurrando a Manor para a última colocação, que não recebe premiação da Fórmula 1 ao fim do campeonato - a 10.ª colocada é a última equipe a embolsar prêmio.

Neste final de semana, o GP de Abu Dhabi encerra a disputa do Mundial e definirá as premiações, mas é improvável que a modesta Manor some pontos. O futuro do piloto brasileiro deve ser decidido até o domingo, dia da corrida no Circuito de Yas Marina. Nico Rosberg e Lewis Hamilton, ambos da Mercedes, disputam o título.

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