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Bia Figueiredo: a única mulher na pista

Tudo sobre o GP do Brasil de F-1

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Por Agencia Estado
Atualização:

Primeira mulher no mundo a vencer uma corrida de Formula Renault, a paulistana Bia Figueiredo entra em cena neste domingo, na preliminar do GP do Brasil de Formula 1, em Interlagos, às 9h. Dos 68 pilotos que estarão na pista (somando as categorias F-Renault, Masserati, Porsche Cup e F-1) Bia é a única mulher. ?Não me sinto pressionada por isso. Estou preocupada em acelerar o máximo. É uma corrida importante porque envolve a F-1, categoria que todo mundo quer chegar um dia. Será uma boa vitrine para mim?, diz a garota de 20 anos. Terceira colocada na tabela de classificação da F-Renault, Bia vem embalada pela vitória da última etapa em Vitória, no Espírito Santo, que recebeu o público recorde de 70 mil pessoas. ?Estou confiante em um bom resultado. Quero chegar entre os primeiros e somar pontos para continuar brigando pelo título da competição?, diz. Nelson Merlo é o líder da categoria com 152 pontos, seguido por Felipe Lapenna, com 149 pontos e Bia, com 124. Piloto da equipe Cesário Formula, Bia é fã de automobilismo desde criança. ?Não perdia uma corrida de F-1. Adorava ficar olhando os carros quando passavam na rua?, lembra a piloto. Assim como a maioria das meninas, começou a praticar ballet, passou pelo hipismo, mas nunca deixou de lado seu sonho em pilotar um carro. ?Quando menina eu gostava de coisas de menino?, brinca. Aos cinco anos pediu um kart para seus pais, mas eles vetaram, porque tinham medo que ela se machucasse. ?Comecei a correr aos oito anos, porque insisti muito.? Quando completou 15 anos, Bia decidiu que faria só o automobilismo. Ficou por nove anos na kart, onde somou dois vice-campeonatos: paulista e brasileiro. Chegou a Formula Renault em 2003, com a ajuda de André Ribeiro, sócio de Pedro Paulo Diniz, empresários responsáveis pela F-Renault. Em sua estréia, em 2003, ela foi eleita a melhor estreante do campeonato e, em 2004, terminou na quinta posição, depois de ter alguns problemas com o carro ao longo das etapas. Da prova de Interlagos, no ano passado, ela não tem boas recordações. Largou em sexto e foi prejudicada por outros pilotos que queimaram a largada. ?Todo mundo queimou e eu fiquei parada. Larguei em sexto e terminei em quarto. Foi uma prova revoltante, não gosto de lembrar.? Mas para este domingo, sua expectativa é diferente. ?Dá até um frio na barriga de imaginar aquelas arquibancadas lotadas?, diz a piloto que torce para que o espanhol Fernando Alonso decida o título no Brasil. Faltam seis etapas de 14 para o fim da temporada da F-Renault. E Bia só pensa em adquirir experiência: ?O importante é conseguir me desenvolver bem nesta categoria. O objetivo é aprender e me tornar ?top??, explica. O próximo passo depois da F-Renault? ?Penso em correr na F-3 no Brasil ou lá fora. Vamos ver o que acontece neste campeonato primeiro para eu começar a fazer planos.?

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