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Brack vence etapa e lidera a Indy

Numa prova cheia de "barbeiragens", o melhor brasileiro foi Bruno Junqueira, que terminou na 4ª colocação em Milwaukee.

Por Agencia Estado
Atualização:

Tempo nublado, mas sem chuva. A previsão do tempo se confirmou e o GP de Milwaukee, quinta etapa da temporada de Fórmula Indy, foi realizado sem interrupções meteorológicas, mas com algumas batidas. O vencedor foi o sueco Kenny Brack, que também tinha vendido a última corrida, no Japão, e ampliou sua vantagem na liderança para 22 pontos. Bruno Junqueira, em quarto lugar, foi o brasileiro mais bem colcoado. A próxima prova será disputada no circuito de rua de Detroit, dia 17. Com cinco bandeiras amarelas, a corrida de Milwaukee teve três acidentes provocados por ?barbeiragens?. No primeiro, logo na primeira curva da prova, Hélio Castro Neves errou e tirou Cristiano da Matta. Na volta 132, foi a vez de Toranosuke Takagi mandar Jimmy Vasser para o muro. Quando o piloto japonês completou a volta seguinte, Vasser lhe fez um sinal de positivo cheio de ironia. Takagi foi eliminado da corrida. A última bobagem foi de Nicolas Minassian, que fechou Christian Fittipaldi na volta 205. Os dois bateram. As reações de Cristiano da Matta e Hélio Castro Neves ao acidente que os tirou da pista logo após largada foram tão diferentes quanto a participação deles na batida. Cristiano, a vítima, estava indignado, com uma expressão de rancor. Helinho, o culpado, estava tranqüilo, com um sorriso no rosto. "Os dois fizeram besteira e sobrou para mim", criticou Cristiano, referindo-se ao toque entre Helinho e Kenny Brack, que fez o primeiro perder o traçado e bater em seu carro. "Eles disputaram a primeira curva como se fosse a última, a corrida tem 225 voltas. Os dois erraram." Enquanto dava entrevistas, Cristiano ficou sabendo que Paul Tracy, até então empatado com ele em terceiro lugar na classificação, também tinha batido e abandonado a prova. E comemorou: "Tomara que o Brack também saia. Não sou de fazer isso, mas vou torcer para todo mundo sair, para alguém que não tem nenhum ponto ganhar." Adiantou com Vasser, que continua empatado com Cristiano, mas não com Brack. A alguns metros dali, no motorhome da Penske, Helinho mostrava bom humor. Negou que tenha tido culpa e disse que tudo não passou de um "acidente de corrida". "Acontece", limitou-se a dizer. Sobre a desastrada tentativa de ultrapassagem, Helinho disse que Brack freou antes da hora, deixando a pista aberta. E que ele nem percebeu que tinha tocado na roda do sueco: "Achei que tinha rodado sozinho, só depois me contaram o que aconteceu." Outra batida que gerou discussão foi a que envolveu Christian Fittipaldi e Nicolas Minassian, na 205ª volta. Tentando defender a quarta posição, com Bruno Junqueira logo atrás, Christian colocou seu carro por dentro para ultrapassar o retardatário Minassian. Só que este fechou-lhe a passagem, tocando roda com roda e levando os dois para o muro de proteção. Christian sugeriu que pode ter havido jogo de equipe: "Não sei se foi de propósito, mas acho muito estranho. Ele (Minassian) estava uma volta atrás e é da mesma equipe do Junqueira (Chip Ganassi)." Logo que saiu do carro, Christian gesticulou e foi tirar satisfação com Minassian, que, aparentemente, contundiu-se e não conseguia sair do carro. Mas o piloto brasileiro foi acalmado pelos comissários de pista. Ele garantiu que não pretendia agredir o francês, embora tivesse outro motivo, além da batida: "Ele mandou dedo para mim." Esse tipo de agressão gestual pode render multa de US$ 5 mil, segundo a assessoria de imprensa da Newman Haas, equipe de Christian. Bruno Junqueira disse duvidar que seu companheiro pudesse agir de má fé ou que seu chefe de equipe, Chip Ganassi, pudesse dar tal orientação: "O problema é a falta de experiência do Nicolas, que não deixou o Christian passar. Em Nazareth, quase bati com ele e perdi a posição pro Michael por causa disso." Kenny Brack e Michael Andretti fizeram uma das poucas disputas empolgantes da corrida, que começou quando Andretti ganhou a segunda posição de Gil de Ferran, no box. Os dois se alternaram na liderança três vezes até Brack assumir a ponta em definitivo. Resultado da prova: 1) Kenny Brack (Rahal) 2) Michael Andretti (Motorola) - a 1s307 3) Scott Dixon (PacWest) - a 3s001 4) Bruno Junqueira (Chip Ganassi) - a 6s714 5) Adrian Fernandez (Fernandez Racing) - a 9s702 6) Tony Kanaan (Mo Nunn) - a 10s291 7) Gil de Ferran (Penske) - a 12s821 8) Max Papis (Rahal) - a 17s780 9) Dario Franchitti (Player´s) - a uma volta 10) Maurício Gugelmin (PacWest) - a uma volta 11) Alex Tagliani (Player´s) - a uma volta 12) Alex Zanardi (Mo Nunn) - a uma volta 15) Roberto Moreno (Patrick) - a uma volta

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