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Brasileiros deram espetáculo na Bélgica

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os quatro pilotos brasileiros não participaram da luta pela vitória no GP da Bélgica, hoje, mas Rubens Barrichello, Ferrari, terceiro, Felipe Massa, Sauber, quarto, Ricardo Zonta, Toyota, e Antonio Pizzonia, Williams, apesar de abandonarem a prova, ofereceram um grande espetáculo no circuito mais exigente da Fórmula 1, Spa-Francorchamps. Desde os tempos de Ayrton Senna e Nelson Piquet não se via todos os representantes brasileiros na competição tão combativos, tão presentes numa corrida. Rubinho recebeu uma pancada por trás, na largada, teve de realizar dois pit stops para reparar a Ferrari, bico e aerofólio traseiro, bem como Massa, por também se envolver num acidente na primeira curva, La Source. E mesmo assim, conseguiram excelentes colocações. Zonta era o quarto a três voltas do fim, apesar de ter largado em último, e Antonio Pizzonia, terceiro na 31.ª volta de um total de 44, depois de sair em 14.º. Aí a Toyota teve o primeiro motor quebrado na temporada e Zonta parou na grande reta. "Esperei cinco anos por esse momento e escapou assim, sem que eu pudesse fazer nada", disse bastante triste o curitibano. Mais: o câmbio da Williams deixou de funcionar e Pizzonia encostou na saída da Eau Rouge em seguida ao seu segundo pit stop. "É um desastre. Mas ao menos provei que posso andar rápido. Disse que poderia chegar no pódio aqui e estava cumprindo." Foi sempre mais veloz que Juan Pablo Montoya, seu parceiro. É verdade que as três entradas do safety car contribuíram para os carros andarem mais juntos, mas os quatro realizaram várias ultrapassagens e deram até susto na torcida, pelo arrojo. Massa, por exemplo, dividiu a Eau Rouge, curva de 300 km/h, com Montoya, na 16.ª volta. "Ele queria, queria, mas não ultrapassou", afirmou Massa. "Ele viu que eu não tiraria o pé do acelerador." Montoya foi reclamar com o brasileiro: "Eu estava bem mais veloz que ele." O colombiano havia acabado de deixar os boxes e achou que Massa lhe abriria o caminho. Mas os dois estavam disputando a sexta colocação. "Foi uma corrida fantástica", afirmou Massa. "Depois de perder tanto tempo nos boxes, no começo, achei que seria impossível um bom resultado, mas o carro estava muito rápido, fui crescendo e fiquei com ainda mais vontade." Jean Todt, diretor-esportivo da Ferrari, foi lhe cumprimentar depois da prova. Seu filho, Nicolas, gerencia a carreira de Massa. Rubinho estava muito feliz com o pódio. "É incrível. A corrida se desenvolvia e eu parado no carro, ali, no box, conversando com o Ross Brawn, pelo rádio, como se estivesse numa sala, pedindo calma e explicando o que os mecânicos faziam", disse. "E agora estou aqui, no pódio." Admitiu ter tido sorte: "Enquanto a equipe trabalhava no carro, ao fim da primeira e depois da segunda volta, o safety car fez com que eu não perdesse volta em relação ao líderes, o que foi fundamental." Falou mais: "Quanto retornei à prova, estava bem atrás do último colocado." Ele comentou o sétimo título de Michael Schumacher: "Ele se mostrou superior e mereceu o campeonato, assim como a Ferrari."

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