Bruno Senna inicia trabalho na GP2 e quer a F-1 em 2 anos

Brasileiro viaja para começar os testes na GP2, onde correrá nesta temporada

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Às vésperas de fazer sua estréia na GP2, atualmente a principal reveladora de talentos para a Fórmula 1, o piloto brasileiro Bruno Senna afirmou nesta quinta-feira que pensa em ficar pelo menos dois anos na categoria antes de pensar em "subir" para a F-1, e admitiu que precisa compensar com muito trabalho sua pouca experiência no volante. "Quero chegar à Fórmula 1 bem preparado e cada corrida que fizer antes será importante para compensar a minha vida ainda curta no automobilismo", afirmou o sobrinho do tricampeão mundial Ayrton Senna, que, entre a Fórmula BMW e a F-3 inglesa, soma cerca de 50 provas como piloto profissional. "Comecei a andar rápido nos treinos quase imediatamente, mas cometi vários erros nas corridas pela mais absoluta falta de bagagem". O campeão da GP2 em 2005 foi Nico Rosberg, que já correu pela Williams no ano passado. O campeão de 2006, Lewis Hamilton, será o segundo piloto da McLaren, enquanto o vice, Nelsinho Piquet, agora é piloto de testes da Renault. Bruno admite que, se uma oferta aparecer, será difícil recusar. "Se eu terminar o ano entre os três primeiros, é quase inevitável que apareça uma oportunidade na Fórmula 1, ainda que seja de piloto de testes. Não estaria abrindo mão de um monte de coisas e sacrificando minha vida pessoal se não fosse pela Fórmula 1", avisa. Bruno Senna anunciou nesta quinta-feira seu novo patrocinador, o banco Santander, e à noite tinha viagem programada para a Europa onde começará o trabalho na equipe Arden - no dia 21 deste mês começam os testes coletivos da GP2. A Arden teve um bom início na GP2 em 2005, com o finlandês Heikki Kovalainen, que neste ano será o segundo piloto da Renault, mas caiu de produção no ano passado. Bruno Senna chegou a testar com a equipe no fim do ano passado, e viu que o trabalho não será nada fácil. "A equipe continua sendo uma das mais fortes da Fórmula GP2, mas o acerto básico do carro não é exatamente o que casa melhor com meu estilo. Vou ter de me adaptar ao carro e a equipe terá de se adaptar ao meu gosto", explicou o piloto, que terminou em terceiro no Inglês de F-3 em 2006, com cinco vitórias. Bruno sabe que o sobrenome Senna aumentará as cobranças sobre seu desempenho, mas não se assusta. "A referência familiar já foi muito mais forte e tende a se reduzir na medida em que minha personalidade própria de piloto esteja consolidada", diz. Mais complicado foi convencer a mãe, Viviane Senna, de sua escolha. "Minha mãe ficou mais surpresa do que contrariada, mas depois do susto inicial passou a me apoiar integralmente", contou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.