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Campeã de Fórmula 1, Mercedes demite quatro funcionários após inquérito sobre racismo

Jornal afirma que investigação apontou casos de assédio moral contra funcionário muçulmano na sede da equipe

Por Alan Baldwin
Atualização:

SOCHI, Rússia - A Mercedes, equipe campeã de Fórmula 1, demitiu quatro funcionários e disciplinou outros três após um inquérito sobre racismo na fábrica da equipe, afirmaram jornais britânicos neste sábado. O time do pentacampeão mundial Lewis Hamilton, que tem herança caribenha e já se manifestou contra o racismo, confirmou em um comunicado que os quatro indivíduos foram demitidos.

A Mercedes afirmou que as demissões de 2 de agosto "aconteceram depois de uma investigação interna que confirmou violações de nossa política de diversidade e igualdade". "Nós condenamos esse comportamento da maneira mais forte possível e agimos imediatamente após a reclamação. Nós valorizamos a diversidade entre nossos empregados, e isso é fonte de força para nossa equipe", acrescentou o comunicado.

Mercedes demitiu quatro funcionários da sua equipe após investigação apontar um caso de racismo contra um muçulmano que trabalhava na sede Foto: Yuri Kochetkov/Pool via Reuters

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O jornal The Sun publicou que houve uma "campanha de assédio racista" contra um empregado muçulmano no quartel-general da equipe, em Brackley. Hamilton já falou sobre suas experiências com racismo, pedindo, em março, por mais posicionamento contra o preconceito em todos os âmbitos, depois de jogadores ingleses de futebol relatarem cantos abusivos em uma partida das Eliminatórias da Eurocopa contra Montenegro.

"Eu me lembro de estar na escola e você levava um tapa na mão por isso (racismo) e deixavam passar. Isso não deve acontecer em lugar nenhum. Medidas precisam ser tomadas e precisamos ser muito mais rígidos com isso”, disse Hamilton.

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