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Cancun, no México, próxima praia da F-1

Por Agencia Estado
Atualização:

Agora é oficial, ao menos por parte do ministro dos Esportes do México, Rodolfo Elizondo: Cancun receberá a Fórmula 1 a partir de 2006. Segundo o político, o contrato já foi assinado com o presidente da Formula One Management (FOM), Bernie Ecclestone, promotor do Mundial. Depois da Malásia, em 1999, de Bahrein e China este ano, Turquia, na próxima temporada, a Fórmula 1 vai, agora, para as praias do Atlântico, o balneário de Cancun. A partir de janeiro começará a ser construído um autódromo na cidade, mas pelo que se comentava ainda no GP Brasil, moderno, funcional, mas sem os luxos do circuito de Xangai. Elizondo estimou em US$ 200 milhões toda a movimentação de dinheiro com a chegada da Fórmula 1 ao país, que já recebeu o Mundial de 1963 a 1970 e depois de 1986 a 1992, na cidade do México, no autódromo Hermanos Rodriguez. A corrida em Cancum será realizada em outubro, depois do GP Brasil, programado agora para setembro, antes de a Fórmula 1 seguir para a China e o Japão. Curiosamente não houve nenhum comunicado da FIA ou da FOM, como normalmente ocorre quando uma nação passa a fazer parte do calendário. A próxima temporada já poderá ter 19 etapas. É um dos temas em discussão, esta semana, dentre os dirigentes da Fórmula 1, no rastro da batalha travada entre eles em Interlagos. Espera-se para esta terça-feira ou nos próximos dias um encontro entre os representantes das nove equipes de Fórmula 1, rebelados contra a Ferrari, e Jean Todt, o diretor-esportivo do time italiano, isolado hoje. Em pauta, um plano de drástica redução dos custos para entrar em vigor já. Os revoltosos querem reduzir para apenas 10 os dias de treinos particulares, mas oferecem 4 horas de treinos livres às sextas-feiras de GP, além de exigirem um único fornecedor de pneus para 2005. Tudo por conta de a maior parte dos testes da Ferrari, quase diários, serem bancados pela Bridgestone, sua fornecedora de pneus. Todas as demais têm de colocar dinheiro do próprio bolso, milhões de dólares, para realizar alguns treinos privados. Aí estaria residindo uma das vantagens da Ferrari. Todt declarou ainda em Interlagos, domingo, que "o importante é encontrar uma solução lógica para a redução de despesas e não tomada pela emoção." As nove equipes radicalizaram contra a Ferrari. Como qualquer alteração de regulamento exige a aprovação de todos, a não ser nos casos de segurança, a Ferrari está sitiada. Aceita a proposta ou as consequências são imprevisíveis para a Fórmula 1. E, como foi montada a revolta, a Ferrari seria a culpada por tudo. Max Mosley, presidente da FIA, reuniu-se nesta segunda-feira com o governador Geraldo Alkimin. Cumprimentou a campanha de segurança no trânsito, veiculada em abril, e colocou a entidade à disposição para essas iniciativas. Ouviu de Alkimin que a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) estenderá a linha C para chegar a Interlagos. Duas estações serão criadas, Autódromo e Grajaú. Mosley comentou a necessidade imperiosa de conter os custos na Fórmula 1. "A saída da Jaguar comprova a minha tese de que as despesas têm de ser reduzidas."

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