Publicidade

Carrapatoso fez espanhol comer poeira

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Poucos sabem, mas existe um brasileiro que já deixou Fernando Alonso para trás. Há cinco anos, no Campeonato Mundial de Kart, realizado na Itália, Ruben Carrapatoso foi o campeão em cima do espanhol. O tempo passou, a sorte mudou e enquanto o piloto da Renault está prestes a se tornar o mais jovem campeão da Fórmula 1, o brasileiro de 24 anos procura patrocínio e ainda não sabe para qual categoria seguirá. "Há duas semanas eu estava testando para a categoria A1 lá na França, mas ainda não sei para onde irei. Talvez Estados Unidos, talvez Europa", contou Ruben Carrapatoso, que foi o principal rival de Alonso no kart. A lembrança da conquista do título no kart sobre o espanhol faz Ruben Carrapatoso abrir um enorme sorriso. "Foi engraçado. O Mundial era realizado em um fim de semana, em várias baterias. Lembro que havia mais de 100 pilotos. Eu sempre chegava em primeiro e o Alonso em segundo. De cinco baterias, ganhei quatro e ele, uma. Na final, quando estávamos na terceia ou quarta volta, o carro dele quebrou e eu ganhei tranqüilamente", contou o brasileiro. O tempo passou, os dois perderam contato. "Apenas nos cumprimentamos hoje. O pessoal vai para a Fórmula 1 e acaba ficando mais metido, né? Naquele tempo tinha muita gente boa, já corri com o Kimi (Raikkonen) também", revelou Ruben Carrapatoso. O piloto brasileiro acha que Alonso teve muita sorte nesta temporada. "Foi muito sortudo, sim. Mas no automobilismo todo mundo precisa de sorte. É um dos poucos esportes que não depende só de você, mas do carro. Além disso, podemos comparar: você pega um cara na Espanha que surge, tem bons resultados, é claro que alguém vai querer investir nele. No Brasil tem muito mais pilotos que se destacam em várias categorias. É difícil passar no funil", disse Ruben Carrapatoso. O brasileiro lamenta a falta de verba na carreira: "Não tinha grana para chegar à Fórmula 1. É muito difícil, ainda mais aqui no Brasil, onde se você não ganha o primeiro lugar, não vale nada."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.