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Carreta serve como ambulância móvel e segue pilotos no Rally dos Sertões

Organização do evento disponibiliza equipamentos de UTI que acompanham provas de todas as etapas

Por Felippe Scozzafave
Atualização:

Em um evento com tanta velocidade e trabalho árduo como o Rally dos Sertões, é comum que competidores e até mesmo mecânicos ou outros funcionários se acidentem de alguma forma ou passem mal e precisem de atendimento médico. Na edição 2017, a organização revolucionou o atendimento médico: trata-se de uma carreta médica, que acompanha todas as etapas e trabalha para que todos fiquem em condições de competir.

O local é uma UTI móvel, totalmente equipado. O ambiente interno é climatizado e possui estrutura médica para um atendimento de qualidade, com cinco macas, além da Sala Vermelha, com equipamentos avançados para atendimentos em situações extremas.

Carreta médica da edição 2017 do Rallydos Sertões é inspirada nas carretas que levam os equipamentos dos pilotos Foto: Felippe Scozzafave/Estadão

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"A proposta é facilitar a logística, ser bem objetivo e seguro para o competidor", disse Jorge Vigorito, diretor médico do local e responsável por toda a estrutura. Segundo ele, a ideia surgiu em 2016, quando a Vigor, empresa em que trabalha, atuou no Sertões pela primeira vez. "A gente trazia tudo em caixas e, nas áreas de boxes, montávamos tendas de atendimento. Porém, observando as carretas das equipes, onde o pessoal cozinha, toma banho e até dorme, tivemos a ideia de ter uma carreta nossa", explicou, citando que o investimento para que a ideia fosse colocada em prática foi de R$ 1 milhão.

Além da carreta, existe ainda uma ambulância, mais quatro equipes que ficam no meio das trilhas das provas especiais, com dois enfermeiros e um médico e mais dois helicópteros com um médico e um enfermeiro, que é acionado para caso de emergência, totalizando 21 profissionais voltados para cuidar da saúde de quem está no Rally dos Sertões.

Entre o pessoal que utilizou a estrutura do local está Gregorio Caselani, um dos favoritos entre as motos, que todas as noites troca seu curativo de uma queimadura que sofreu antes do rali começar. "Nós já fizemos cerca de 50 atendimentos até agora, mas nenhum deles muito grave. O mais trabalhoso foi no primeiro dia, que o rapaz caiu da moto e quebrou o punho. Tivemos que fazer uma redução de ferimento, mas tudo deu certo e ele já até foi embora", disse, citando o caso de Josemar Ferro, da equipe Tuche70 Racing.

Segundo Jorge, a ideia agora é popularizar a iniciativa dentro do mundo do rali. "Nosso projeto é chegar até o Rally Dakar. Nem que seja apenas para pegar uma experiência nova e um dia, quem sabe, eles utilizem do nosso serviço".

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