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Carro da BAR fica retido na Austrália

Por Agencia Estado
Atualização:

O carro de Jacques Villeneuve (BAR-Honda) que provocou a morte do comissário de pista Graham Beveridge e feriu mais sete pessoas, no Grande Prêmio da Austrália, permanecerá cerca de seis meses recolhido por seqüestro judicial para investigações do acidente. O comissário que morreu tinha 52 anos e era do Estado de Queensland. O responsável pelo Circuito de Albert Park, Ron Walker, confirmou que "a fatalidade" foi provocada pela roda posterior direita, que se soltou da BAR de Villeneuve e atingiu o peito de Beveridge. Walker disse que a família do comissário será indenizada. As equipes da F-1 doarão uniformes e capacetes para juntar mais recursos às vítimas. A F-1 discute como transferir para as demais pessoas as medidas de segurança adotadas para os pilotos. Um outro auxiliar de pista morreu no GP da Itália há seis meses. "Podemos e devemos fazer mais; é responsabilidade de todos", admitiu Jean Todt, diretor-esportivo da Ferrari. A similaridade entre os acidentes da Itália e da Austrália levou a imprensa italiana a cobrar "mais medidas de segurança". O autódromo de Monza é citado como um traçado perigoso - em vários pontos do circuito, os comissários e até mesmo o público ficam próximos da pista, que não tem a proteção das redes metálicas. O ex-campeão mundial Jackie Stewart afirmou que "é difícil eliminar os riscos para os comissários e o público quando acontecem acidentes desse tipo, mas uma solução poderia ser a adoção de redes de proteção mais altas, como fazem no Estados Unidos as Fórmulas Nascar e Cart." A polêmica sobre a segurança dos comissários pode desaparecer se a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) adotar sinais luminosos automáticos, que seriam acionados pela direção da corrida, eliminando também o recurso do safety car.

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