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?Caso Hakkinen? não é raro na F-1

Por Agencia Estado
Atualização:

A história da Fórmula 1 registra decepções semelhantes às de Mika Hakkinen, neste domingo no GP da Espanha, quando na última volta, a cinco curvas da bandeirada, sua McLaren começou a soltar peças em chamas pela pista, tirando-lhe uma vitória certa. A mais recente ocorreu na corrida de Montreal, em 1991. Nigel Mansell tinha uma vantagem tão grande para o segundo colocado, Nelson Piquet, da Benetton, que no hairpin, curva bastante lenta, a cerca de 700 metros da linha de chegada, acenava com as mãos para os torcedores. Na saída da curva, contudo, sua Williams começou a engasgar e o inglês ficou por lá mesmo. Piquet levou para a Benetton sua quinta vitória na Fórmula 1, para desespero de Mansell, que lutava com Ayrton Senna pelo título mundial. Retrocedendo um pouco mais no tempo, em 1970, o australiano Jack Brabham, com um carro produzido por ele mesmo, deu de presente ao austríaco Jochen Rindt, da Lotus, o primeiro lugar no GP de Mônaco. Brabham bateu na última curva, no Gasômetro na época, da última volta. Ele ainda conseguiu retornar à corrida e chegar em segundo, para seu consolo. Jim Clark, da Lotus, em 1967, teve menos sorte no GP da Bélgica de 1967. O circuito belga tinha 14.080 metros de extensão. Na 28ª volta, a última, Clark liderava com folga, mas o motor Ford da sua Lotus o deixou na mão. O norte-americano Dan Gurney vinha em segundo com um modelo do seu próprio time, Eagle. Resultado: venceu o único GP da equipe na Fórmula 1, para desespero do escocês voador. Há outro caso também de pilotos que tenham deixado de vencer na última volta. Em 1982, aconteceu de tudo ao longo das 76 voltas do GP de Mônaco. Primeiro Alain Prost bateu na Tabacaria quando começou a chover depois de liderar 59 voltas. Mas na última, Patrese, da Brabham, líder, roda da Mirabeau. Didier Pironi, da Ferrari, assume o primeiro lugar. Pouco metros adiante, na saída do túnel, um problema elétrico o faz parar. Patrese desloca-se lentamente pelo circuito, mas com a desistência de Pironi, volta para primeiro e vence. Há ainda o caso de Damon Hill, com Arrows, na Hungria, em 1997. Também na última volta, quando liderava, ele perde pressão hidráulica e fica sem poder substituir as marchas. Jacques Villeneuve, da Williams, se aproveita para ultrapassá-lo e ganhar a corrida, o que se mostrou, mais tarde, decisivo para a conquista do título. Hill ainda classificou-se em segundo.

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