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Chuva ameaça prova da CART

Entidader garante realização do GP da Alemanha de Fórmula Indy; ameaça agora fica por conta da chuva, que impede a realização de treinos de classificação.

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois do terrorismo, é a vez da chuva ameaçar a primeira prova da Fórmula Indy na Europa. Após um dia de especulações sobre a possibilidade de cancelamento por causa do medo de atentados, a realização da prova de Lausitz, na Alemanha, foi oficialmente confirmada pela direção da Cart na tarde desta quinta-feira. O problema agora é a chuva, que pode transferir a prova de sábado para domingo ou até mesmo causar seu cancelamento. Os dois treinos previstos para hoje não puderam ser realizados por causa da fina e insistente chuva que não parou de cair sobre o circuito oval de Lausitz, na Alemanha. Os de amanhã não devem acontecer se for confirmada a previsão de chuva para a região. A Cart se antecipou e anunciou que o grid de largada já está definido, seguindo as posições dos pilotos na classificação do campeonato, com Gil de Ferran na pole position, Kenny Brack em segundo e Hélio Castro-Neves em terceiro. "Assim é melhor para os pilotos. Agora, se houver chance de treino nesta sexta, os pilotos vão poder andar com o tanque cheio, pensando na corrida, e não se arriscar tanto em uma pista que ainda não conhecem", disse o brasileiro Maurício Gugelmim, presidente da Associação de Pilotos, que participou das inúmeras reuniões hoje no autódromo. A possibilidade de a prova ser transferida para o domingo, caso as chuvas persistam nesta sexta-feira, já é considerada pela direção da prova. Se as chuvas continuarem no domingo, ela será cancelada, já que na segunda-feira as equipes começam a transportar seus equipamentos para Corby, na Inglaterra, sede da próxima etapa da Indy, dia 22 de setembro. PROBLEMAS - A CART ainda sofre com o cancelamento de todos os vôos nos Estados Unidos nos últimos dias. Até a noite desta quinta-feira na Alemanha, Michael Andretti, americano mais conhecido e melhor colocado no campeonato deste ano, não tinha conseguido sair de sua casa, na Pensylvannia. Ele tentava ir para a Alemanha em um vôo particular, junto com a maioria dos chefes de equipes, que ainda estão em território americano. Com a decisão de fazer o grid pela classificação, Michael já está garantido como o quarto colocado na largada. Se ele não conseguir participar dos treinos previstos para amanhã, terá uma regalia e poderá treinar alguns minutos a mais sozinho no sábado pela manhã. A Cart pode ter ainda problemas para a prova da Inglaterra, na semana que vem. Boa parte dos motores que serão usados pelas equipes na prova ainda estão na Califórnia e não tiveram condições de seguir para a Europa por causa dos cancelamentos dos vôos nos Estados Unidos. O clima de tensão por causa dos atentados de terça-feira, deu lugar a homenagens às vítimas. No horário previsto para o treino da manhã, todos no autódromo fizeram cinco minutos de silêncio. No dia da prova, os pilotos darão uma volta de apresentação a mais, com os carros passando por dentro dos boxes. Mecânicos e bombeiros alemães deverão segurar bandeiras dos Estados Unidos. O presidente da Cart, Joseph Heitzler, disse que a realização da prova será um exemplo para o país. "É uma mostra de que as coisas devem seguir em frente. Estamos seguindo as recomendações dos governantes de nosso país, que dizem que o melhor a fazer é retornar as atividades ao seu curso normal. A corrida será uma homenagem para todas as vítimas da tragédia." A prova de Lausitz tem importância fundamental para a Cart, que busca na Europa um novo mercado, já que o americano sofre forte concorrência da IRL. Segundo a organização da prova, quase 70 mil ingressos para a corrida foram vendidos. Nesta quinta-feira, com a chuva e nenhum carro na pista, pouco mais de duas mil pessoas apareceram nas arquibancadas. Mas a movimentação de traillers e de pessoas acampando nas proximidades do autódromo já era grande.

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