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Hamilton reclama de dores, mostra irritação com carro da Mercedes na F-1 e cobra melhorias

Carro sofre com o 'efeito golfinho' e não permite que o heptacampeão lute por vitórias; no Azerbaijão, britânico terminou na quarta posição

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Por Redação
Atualização:

Eleito piloto do dia pelos espectadores do GP do Azerbaijão, Lewis Hamilton terminou a corrida em quarto lugar e se queixando muito de dores pelos saltos do carro da Mercedes durante o Circuito de Baku. O britânico teve dificuldades para deixar a cabine do carro ao fim da corrida e o chefe da Mercedes, Toto Wolff, levantou a possibilidade de Hamilton não participar do GP do Canadá, já no próximo fim de semana.

"Fiquei mordendo meus dentes por causa da dor. Estava na adrenalina, mas nem consigo expressar a dor que se sente aqui, principalmente durante as retas. Você apenas reza para acabar logo. Com certeza perdemos mais de 1s por causa dos saltos, precisamos corrigir isso. Estarei amanhã na fábrica, precisamos ter uma boa conversa para seguirmos evoluindo", afirmou o heptacampeão mundial.

Lewis Hamilton pede 'mudança de mentalidade' após ser chamando de 'neguinho' por Nelson Piquet Foto: Reuters/Hamad I Mohammed

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Com as desistências da Ferrari, a Mercedes se destacou na disputa, conseguindo a terceira colocação para George Russell e o quarto lugar para Hamilton, que ultrapassou Pierre Gasly já na reta final da prova. Toto reconheceu a culpa da equipe na lesão de Hamilton e prometeu corrigir a situação.

"Lewis, sabemos que está péssimo pilotar o carro no momento, sinto muito pelas costas. Nós iremos arrumar isso", disse o chefe austríaco da Mercedes. "Eu ainda não o encontrei, mas dá para ver que não são dores musculares. Isso afeta a espinha e pode haver consequências, a solução pode ser ter alguém na reserva para garantir que tenhamos os dois carros na prova", completou Wolff.

Os problemas com saltos foram agravados pelas condições do circuito de rua no Azerbaijão, já que a condição da pista favorece este rebaixamento, um problema que a Mercedes tentou resolver trocando o assoalho.

"Foi provavelmente a corrida mais dolorida que eu participei e a também batalha mais dura que já tive com um carro. Estou feliz que acabou", disse Hamilton. Está sendo um ano muito difícil, nós tivemos esses pulos desde o início e simplesmente não melhorou. Tivemos apenas uma corrida em que o carro não melhorou, não sei o que esperar das próximas corridas, mas precisamos de melhoras", disse Hamilton, que voltou a ficar no Top 4 pelo primeira vez desde o GP da Austrália.

Hamilton já havia se queixado de dores durante os treinos classificatórios, assim como Sergio Perez, da Red Bull, durante os treinos livres. Russell foi mais um a dizer que a sensação durante a corrida era de estar esmagando o chão por 1h30.

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Apesar dos problemas, o saldo nas disputas foi bastante positivo para a Mercedes. Hamilton havia largado em sétimo e ganhou três posições, enquanto Russell, que largou em quinto, confirmou seu terceiro pódio na temporada. A Mercedes está em terceiro no campeonato de pilotos, com 161 pontos. Russell, que ficou pelo menos em quinto em todas as corridas do ano, é o quarto, com 99 pontos, enquanto Hamilton é o sexto, com 62.

O GP do Canadá, o nono da temporada, acontecerá já no próximo fim de semana do feriado, entre os dias 17 e 19 de junho.

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