14 de novembro de 2019 | 04h36
Em mais uma temporada de forte domínio na Fórmula 1, a Mercedes já pensa no futuro. Após assegurar os títulos do Mundial de Construtores e do Mundial de Pilotos, com o inglês Lewis Hamilton, a equipe alemã está focada no projeto do próximo campeonato e também na futura temporada de 2021, que já é considerada um divisor de águas na categoria.
"Apesar dessas conquistas, eu ainda sinto que há muita fome e desejo por mais feitos na Mercedes. Não há nenhuma sensação de condescendência. Todo mundo está determinado a seguir melhorando", avisa o chefe do time, Toto Wolff.
O foco no futuro é tal que o próprio Wolff não estará no GP do Brasil. "O GP do Brasil será a primeira corrida desde 2013 em que não estarei presente. Com os dois campeonatos já garantidos, terei mais tempo na Europa para focar em outros assuntos", diz o dirigente, sem revelar seus planos.
Wolff, contudo, já avisou que não pretende ver a equipe reduzir o ritmo em São Paulo. "Temos ainda duas corridas pela frente nesta temporada e queremos terminá-la em alta", afirma. Após a corrida brasileira, o campeonato será encerrado com o GP de Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, no dia 1.º de dezembro.
O dirigente da Mercedes está mais preocupado com 2021 do que com 2020. E isso se deve às futuras mudanças pelas quais a F-1 deve passar daqui a dois anos. Para especialistas, as alterações serão históricas, com consequências para toda a estrutura da categoria. O objetivo é tornar as corridas mais equilibradas, além de trazer economia e sustentabilidade esportiva para o campeonato.
Entre as novidades estarão rodas maiores e asas mais simplificadas para reduzir a turbulência gerada ao carro de trás. O assoalho passará a ser o responsável pela maior parte da pressão aerodinâmica.
As mudanças prometem ser tão bruscas que Wolff chegou a criar suspense sobre a permanência da equipe na categoria em 2021. "Tudo indica que vamos seguir no campeonato. Mas isso não está garantido."
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