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Como o GP do Brasil serve para São Paulo ficar mais otimista para renovar com a Fórmula 1

Prova do último domingo vira cartão de visitas para a cidade conseguir manter Interlagos no calendário

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Por Ciro Campos
Atualização:

O GP do Brasil de Fórmula 1, no último domingo, deixou a Prefeitura de São Paulo, o governo do Estado e os organizadores da prova otimistas de que vão conseguir renovar contrato com a categoria. Com o acordo atual válido para receber a corrida em Interlagos até 2020, o objetivo é nos próximos meses assinar um novo vínculo capaz de garantir a realização do GP de 2021 a 2030.

O fim de semana trouxe para as autoridades paulistas mais confiança na tarefa de costurar o novo contrato, apesar da forte concorrência. O Rio de Janeiro conta com um projeto ambicioso de um novo autódromo em Deodoro, no valor de R$ 700 milhões, além de se comprometer a pagar uma taxa anual de promoção mais alta. No entanto, São Paulo considerou que a prova de domingo foi um cartão de visitas importante na negociação.

João Doria, governador de São Paulo, tira selfie com Chase Carey, chefe da Fórmula 1, Tamas Rohonyi, promotor do GP do Brasil, e o ex-piloto Jackie Stewart Foto: Twitter/João Doria Jr.

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Corrida emocionante no domingo

A prova em Interlagos foi movimentada e cheia de surpresas. Teve acidente entre os dois carros da Ferrari, batida de Lewis Hamilton com Alexander Albon na penúltima volta, pódio dos novatos Pierre Gasly e Carlos Sainz, assim como a vitória de um jovem piloto. Max Verstappen, de 22 anos, ganhou pela primeira vez no Brasil. O roteiro movimentado agradou a chefia da Fórmula 1, que procura corridas atrativas para aumentar o interesse da categoria por audiência e patrocinadores.

 

Reunião com a chefia da Fórmula 1

No domingo, antes da largada, o governador de São Paulo, João Doria, teve um encontro com o novo chefe da Fórmula 1, Chase Carey. Os dois discutiram as condições do novo contrato para realização do GP do Brasil e prometeram uma nova rodada de negociações em dezembro. A capital paulista procura investidores privados para conseguir bancar a taxa anual de promoção da prova, avaliada em R$ 84 milhões (US$ 20 milhões)

 

Apoio de pilotos

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Alguns dos nomes mais influentes da Fórmula 1 atual se posicionaram a favor da manutenção do GP do Brasil. O principal deles foi o hexacampeão, Lewis Hamilton, da Mercedes, que criticou o projeto de construção do autódromo no Rio pois envolveria a derrubada de árvores na Floresta do Camboatá, em Deodoro. O tricampeão mundial Jackie Stewart foi outro a defender Interlagos, por ser uma pista tradicional.

Maior público desde 2001

A prova do último domingo registrou um público de quase 160 mil pessoas. Segundo a organização da prova, ao longo dos três dias do GP do Brasil foram 158.213 pessoas no autódromo. O número é o maior registrado na corrida desde 2001, quando 174 mil fãs compareceram ao autódromo de Interlagos para acompanhar a vitória de David Coulthard, da McLaren.

 

Interesse comercial

O Brasil representa um importante destino comercial e de negócios para a Fórmula 1. O País tem a maior audiência do mundo na categoria e é um mercado significativo para os patrocinadores. A capital paulista prevê que a concessão de Interlagos para a iniciativa privada também contribua na negociação, pois além da previsão de render R$ 1 bilhão em 35 anos, pode ser interpretada como uma demonstração de interesse para a modalidade.

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