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Copa: festa brasileira em Nurburgring

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Por Agencia Estado
Atualização:

Se os ingleses, italianos, alemães e franceses da Fórmula 1 não conheciam de perto ainda a maneira brasileira de torcer pela seleção de futebol, nesta sexta eles ficaram sabendo como é. E os embaixadores dessa paixão nacional, marca registrada da nação, foram os próprios pilotos brasileiros que disputam a Fórmula 1. Rubens Barrichello, da Ferrari, Felipe Massa, Sauber, e Enrique Bernoldi, Arrows, vestiram a camisa a amarela número 10 da equipe de Ronaldinho e vibraram muito, muito mesmo com a vitória sobre a Inglaterra, até para espanto dos demais no paddock do autódromo de Nurburgring, onde está sendo disputado o GP da Europa. "O motorhome da Ferrari estava enfeitado por dentro com cartazes da Inglaterra e o Ross Brown (diretor-técnico) usava até um boné do seu país", disse Barrichello. "Quando cheguei, a Inglaterra já estava ganhando e eles estavam curtindo muito o jogo." Poucos minutos depois, o piloto contou que surpreendeu a todos: "Disse-lhes que faria uma macumba e o Brasil empataria. Em seguida o Rivaldo foi lá e bum, empatou." No começo do segundo tempo, Barrichello alertou o grupo de ingleses que trabalha na Ferrari. "Eu sou poderoso, hein? Quer ver?" No momento que Ronaldinho desempatou a partida, Brown e seus amigos passaram a olhar com desconfiança para Barrichello e demonstrar sua insatisfação. O piloto contou a história rindo muito. "Nem imagino o que eu teria de agüentar se a Inglaterra tivesse vencido." O forte da presença brasileira na Fórmula 1, contudo, concentrou-se no motorhome da Sauber, paradoxalmente a mais sisuda escuderia do evento. Mas Felipe Massa transformou-se de tal forma que contaminou a todos. Até o sempre silencioso Peter Sauber entrou na onda. Ele também usou uma camisa da seleção brasileira e vibrou com a vitória. "Como a gente sofre, tá louco, estava ficando nervoso", comentou Massa quando o juiz apitou o fim do encontro, em meio a uma verdadeira festa à brasileira. O caso de Bernoldi foi mais sério. "Fiquei isolado ali no meu time, em meio a quase que apenas ingleses", contou. "Na hora que acabou o jogo foi a minha vez. Fiz sinal de psiu para todos, que em princípio não gostaram muito, mas acabaram aceitando." Instantes depois ele e os demais pilotos estavam já nos seus carros para o primeiro treino livre do GP da Europa. O que talvez Barrichello, Massa e Bernoldi não esperassem é que Brasil e Alemanha têm boas chances de passarem à final da 17.ª Copa. E os três têm companheiros de equipe alemães. Michael Schumacher é o parceiro de Barrichello na Ferrari, Nick Heidfeld, o de Massa na Sauber, e Heinz-Harald Frentzen o de Bernoldi na Arrows. "Em primeiro lugar o Brasil tem de vencer o Senegal ou a Turquia. Agora, se tiver de jogar com a Alemanha, depois, dá Brasil, claro", prevê Barrichello. Massa vê da mesma forma. "Prefiro pegar o Senegal à Turquia, que bate muito, e pelo que vi hoje da Alemanha, se for ela o adversário, acho que dá Brasil." Bernoldi vai além: "Se a partida final for Brasil e Alemanha nós ganharemos fácil."

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