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Coulthard fracassa e larga em 9º

Rubinho e Ralf ganharam em Spa-Francorchamps maiores chances de ultrapassar o escocês na briga pelo vice-campeonato.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar de ser o segundo colocado na classificação do campeonato, com 51 pontos, diante de 46 de Rubens Barrichello e 44 de Ralf Schumacher, David Coulthard, da McLaren, largou neste sábado atrás na luta pelo título de vice-campeão. Para comprovar a tese de que sempre que se espera algo do escocês ele acaba por decepcionar, o piloto da McLaren não foi além do nono lugar na sessão que definiu o grid. Rubinho e Ralf, portanto, têm chances razoáveis de ultrapassá-lo ou diminuir a diferença que os separam. Mika Hakkinen, companheiro de Coulthard e vencedor em 2000, larga em sétimo. "Deveria ter usado pneus para asfalto seco", disse o escocês, solução adotada pelos quatro primeiros. Hakkinen optou por eles, a fim a aproveitar a trilha seca nos instantes finais. "Não me senti confiante para exigir tudo do carro, estava bastante perigoso", confidenciou o finlandês. Mas se Coulthard e Hakkinen buscavam justificativas para explicar o resultado ruim da McLaren, o alemão Heinz-Harald Frentzen, da Prost, tinha muito o que comemorar. Ele larga em quarto, resultado excepcional considerando-se a falta de pressão arodinâmica que gera o modelo AP04 e as exigências dessa pressão num dia como o de ontem em Spa. O mais gostoso para o alemão foi ter-se classificado na frente dos dois pilotos da Jordan, de onde foi despedido pouco antes do GP da Alemanha. Jean Alesi, seu substituto, fez apenas o 13º tempo enquanto Jarno Trulli, o 16º. Na arquibancada, em frente aos boxes, havia uma faixa exposta pela torcida de Frentzen: "Eddie Jordan, a F-1 não seria a mesma sem o seu senso de humor e a sua peruca." O piloto alemão comentou apenas o resultado: "Depois do péssimo desempenho na Hungria mudamos a forma de acertar o carro e confesso que estou surpreso. Colocar pneus para pista seca, no fim, mostrou-se determinante." E quem fez festa também com a oitava colocação foi Giancarlo Fisichella, dispensado da Benetton. Com a disputa de ontem, estabeleceu 12 a 2 no placar da disputa por melhores colocações no grid com o companheiro, Jenson Button, que permanecerá na equipe em 2002. Button ficou em 15º. A sessão de classificação, neste sábado, foi tão estranha que quatro pilotos estavam, em princípio, fora da corrida, por causa de seus tempos terem ficado acima dos 107% da marca da pole position. A direção de prova levou em consideração os muitos fatores que interferiram no resultado e os reconduziu ao grid. Foram eles: Jos Verstappen, Arrows, 19º, Fernando Alonso, Minardi, 20º, Enrique Bernoldi, Arrows, 21º, e Tarso Marques, Minardi, 22º. Havia dúvida também se os comissários não iriam punir os três primeiros colocados, Juan Pablo Montoya, Ralf Schumacher e Michael Schumacher. Havia a sinalizaçao de bandeira amarela na seção final do circuito porque a Sauber de Nick Heidfeld ficou parada lá, ainda no asfalto. Os três não diminuíram a velocidade. Michael ainda tentou mentir, ao dizer que por esse motivo tirou o pé do acelerador. "Olhem os meus tempos e verão que perdi 1,5 segundo na segunda seção da pista", afirmou. Montoya, ao seu lado, o lembrou que Heidfeld estava na terceira e última seção. Michael ficou vermelho e sem saber o que dizer. Ninguém foi punido.

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