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Coulthard vence o GP de Mônaco

O piloto escocês David Coulthard, da McLaren, venceu o GP de Mônaco; Michael Schumacher chegou em segundo e Rubinho foi só o sétimo.

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Fórmula 1 precisava de um resultado desses. David Coulthard, da McLaren, venceu o GP de Mônaco, neste domingo, e quebrou o recorde de invencibilidade do modelo F2002 da Ferrari, que com Michael Schumacher havia sido primeiro nas quatro etapas anteriores. Mas foi por pouco, o alemão pressionou Coulthard por cerca de 30 voltas e cruzou a linha de chegada em segundo, colado no seu carro. Ralf Schumacher, da Williams, terminou em terceiro. "Essa vitória tem importância para a Fórmula 1 porque não foi de um piloto da Ferrari e da Williams. Em um ano de Copa do Mundo, temos de fazer algo que mantenha o interesse de nossos telespectadores", afirmou Coulthard. O resultado da classificação, sábado, já havia dado o tom do que poderia ocorrer ao longo das desgastantes 78 voltas da sétima etapa do Mundial: uma vitória de Juan Pablo Montoya, da Williams, ou de Coulthard, autores da pole position e do segundo melhor tempo. Deu o escocês. E quase tudo foi definido na largada, quando o piloto da McLaren contornou a primeira curva, Saint Devote, em primeiro. "Devo agradecer muito aos nossos técnicos de programa de computador", disse Coulthard. "Ano passado o controle de tração falhou na largada e caí para último, enquanto este ano ele foi tão eficaz que me permitiu ganhar a posição de Montoya", falou o escocês. Hoje na Fórmula 1 tudo o que o piloto faz quando os faróis vermelhos se apagam é manter o acelerador no curso máximo e apertar um botão no volante. A maior eficiência do "launch control" (sistema automático de largada) da McLaren colaborou decisivamente no resultado final da corrida. E não faltaram riscos para Coulthard perder a liderança do GP de Mônaco e até abandonar a competição. "Depois de 10 voltas, meus pneus (Michelin) começaram a perder desempenho, passei a rodar 2 ou 3 segundos mais lento, e achei que tudo estava acabado", contou o escocês, que obteve sua 2ª vitória em Mônaco (a outra foi em 2000), a 12ª na carreira. "Mas sem que eu saiba a razão também, algumas voltas depois voltaram a oferecer boa aderência e pude retomar meu ritmo." Não só Coulthard, mas Ron Dennis, da McLaren, e Norbert Haug, da Mercedes, sócia da McLaren, assustaram-se quando, na 30ª volta, começou a aparecer uma fumaça branca na traseira da McLaren. "De novo achei que não conseguiria manter-me na ponta. Falei pelo rádio com a equipe e eles me disseram que não havia nada de errado. Ignorei o problema e por sorte a fumaça desapareceu." A próxima ameaça a Coulthard veio de Schumacher. Montoya havia abandonado na 46ª volta com o motor quebrado. O alemão da Ferrari fez seu pit stop duas voltas antes e seus tempos de volta o aproximavam perigosamente do escocês. Os pneus Bridgestone da Ferrari mostraram-se mais constantes que os da Michelin durante a corrida, embora tivessem perdido a batalha na sessão de classificação. "Antecipei minha parada (a fez na 51ª volta), o que foi importante para manter-me na frente." Àquela altura, a sua diferença para Schumacher (28 segundos e 970 milésimos) ainda lhe dava a chance de sair dos boxes na frente do piloto da Ferrari. Por um triz - Deu certo, mas por muito pouco. Coulthard voltou para a pista e na passagem seguinte o alemão cruzou a linha de chegada 990 milésimos atrás. Até a 78ª volta Schumacher fez de tudo para tentar vencer pela quinta vez seguida no campeonato, pilotando quase encostado na McLaren, mas sem êxito. "Devo agradecer ao meu preparador físico, Andy Mattheus", falou Couthard. "Apesar do cockpit do carro estar completamente molhado de suor, consegui manter minha concentração e, a não ser por um leve toque na grade, na Piscina, não cometi nenhum outro erro." O fato de dois carros mais lentos que o da Ferrari, no caso a McLaren de Coulthard e a Williams de Montoya, terem largado na frente de Schumacher, numa pista onde as ultrapassagens quase não são permitidas, transformou o GP de Mônaco no mais disputado este ano, até aqui. Coulthard, Montoya, Schumacher e Ralf Schumacher formaram da largada à metade da prova um bloco único, com as diferenças entre eles atingindo no máximo 2 segundos. Em xeque - Há muito não ocorria na Fórmula 1 de três equipes lutarem pela vitória, resgatando assim um sensação gostosa que a torcida já estava esquecendo. Jarno Trulli, da Renault, classificou-se em quarto, mas a confirmação de sua colocação só virá nesta terça-feira. Há suspeitas de irregularidades no programa de computador do seu carro. Giancarlo Fisichella, da Jordan, repetiu em Mônaco o bom quinto lugar obtido na Áustria, e Heinz-Harald Frentzen, com a surpreendente Arrows, conseguiu mais um ponto ao terminar em sexto. Nenhum brasileiro marcou pontos. Com o segundo lugar, Schumacher chegou a 60 pontos e abriu 33 pontos de vantagem na classificação para Montoya, que agora está empatado com Ralf em segundo, 27 pontos. Coulthard passou para quarto, com 20. A próxima etapa do Mundial será dia 9 de junho em Montreal, no Canadá. Veja a classificação do GP de Mônaco 1. David Coulthard (ESC) McLaren 2. Michael Schumacher (ALE) Ferrari) 3. Ralf Schumacher (ALE) Williams 4. Jarno Trulli (ITA) Renault 5. Giancarlo Fisichella (ITA) Jordan 6. Heinz Harald Frentzen (ALE) Arrows 7. Rubens Barrichello (BRA) Ferrari 8. Nick Heidfeld (ALE) Sauber 9. Eddie Irvine (ING) Jaguar 10. Pedro de la Rosa (ESP) Jaguar 11. Mark Webber (AUS) Minardi 12. Enrique Bernoldi (BRA) Arrows Não terminaram a prova Mika Salo (FIN) Toyota Felipe Massa (BRA) Sauber Olivier Panis (FRA) BAR Jenson Button (ING) Renault Juan Pablo Montoya (COL) Williams Jacques Villeneuve (CAN) BAR Kimi Raikkonen (FIN) McLaren Alex Yoong (MAL) Minardi Takuma Sato (JAP) Jordan Allan McNish (ING) Toyota Classificação do Mundial, após 7 etapas: 1) Michael Schumacher (ALE), 60 pontos 2) Ralf Schumacher (ALE), 27 3) Juan Pablo Montoya (COL), 27 4) David Coulthard (ESC), 20 5) Rubens Barrichello (BRA), 12 6) Jenson Button (ING), 8 7) Nick Heidfeld (ALE), 5 8) Kimi Raikkonen (FIN), 4 9) Giancarlo Fisichella (ITA), 4 10) Eddie Irvine (IRL), 3 11) Jarno Trulli (ITA), 3 12) Felipe Massa (BRA), 3 13) Mark Webber (AUS), 2 14) Mika Salo (FIN), 2 15) Heinz-Harald Frentzen (ALE), 2 Classificação do Mundial de Construtores 1. Ferrari 72 pontos 2. Williams 54 3. McLaren 24 4. Renault 11 5. Sauber 8 6. Jordan 4 7. Jaguar 3 8. Minardi 2 9. Toyota 2 10. Arrows 2

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