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De luto, Ferrari completa 4ª dobradinha

Schumacher e Rubinho pouco comemoram no pódio de Nurburgring por causa da morte, na sexta-feira, de Umberto Agnelli, presidente da Fiat, proprietária da Ferrari.

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois da sétima volta do GP da Europa, neste domingo no circuito de Nurburgring, Alemanha, Michael Schumacher já tinha 17 segundos de vantagem para o segundo colocado até então, Kimi Raikkonen, da McLaren. A Fórmula 1 voltou a sua rotina: Schumacher venceu a prova com enorme facilidade, a sétima da temporada, e o companheiro, Rubens Barrichello, terminou em segundo, depois de disputar boa corrida, já que largou em sétimo. Foi a quarta dobradinha do ano. Jenson Button, da BAR, completou o pódio. Tudo ficou mais fácil para Schumacher ainda na largada. "Consegui abrir tanta diferença para Takuma Sato (BAR), os pilotos da Renault e Rubens porque Raikkonen claramente os segurou atrás", admitiu o alemão. Ninguém seria inocente de acreditar que se não fosse o piloto da McLaren manter Fernando Alonso, Sato, Rubinho e Button num ritmo bem mais lento do que poderiam desenvolvê-lo Schumacher não venceria pela sexta vez no ano. "Estávamos muito fortes hoje, isso apenas ajudou a minha estratégia de fazer o primeiro pit stop cedo", reconheceu Schumacher, que já na oitava volta realizou a primeira das três paradas que faria. O GP da Europa teve 60. "Quero dedicar esta vitória a Umberto Agnelli, que nos apoiou durante todos esses anos", disse Schumacher. Agnelli, presidente da Fiat, proprietária da Ferrari, morreu sexta-feira à noite. Não houve champanha no pódio. E neste domingo a Fiat anunciou que o presidente da Ferrari, Lucca de Montezemolo, também presidente da Confindustria, a poderosa associação industrial da Itália, assumirá a presidência da empresa também. Montezemolo faz mais: é presidente da Federação dos Editores de Jornais da Itália (Fieg) e da rica Sociedade de Administração das Feiras de Bolonha. Questiona-se, agora, se permanecerá na Ferrari. É possível que Jean Todt, atual diretor-esportivo, pela competência e dedicação, acumule as suas funções na Ferrari. Schumacher comentou sua vitória tranquila. "Não tive dificuldade em manter meu ritmo durante a corrida, mas por duas vezes quase acabei fora por causa dos retardatários." Curiosamente, o momento de maior risco aconteceu quando estava para ultrapassar seu amigo e parceiro da gerência da associação dos pilotos, GPDA, Mark Webber, da Jaguar. "Deixei o espaço da parte interna da curva, já que ele saía do box, mas de repente seu carro veio na minha direção." Com Olivier Panis, da Toyota, se deu algo semelhante. Foi a 76ª vitória na carreira de Schumacher, que se aproxima de conquistar o sétimo título mundial, o quinto seguido. Soma 60 pontos, dentre os 70 possíveis este ano até agora, diante de 46 de Rubinho, segundo na classificação. "Onde encontro estímulo? É só você acompanhar como aquela gente trabalha para nós na equipe que você compreenderá as razões de desejarmos vencer sempre e sempre", afirmou Schumacher. Com toda certeza o ex-diretor-técnico da Williams, Patrick Head, deu um soco na mesa, em sua casa, ao ver pela TV seus dois pilotos, Juan Pablo Montoya e Ralf Schumacher, baterem na primeira curva. "Olivier Panis tocou em mim e, com isso, bati em Ralf", tentou justificar Montoya, o causador de tudo. "O Montoya deve estar louco, não encostei nele", desmentiu o francês da Toyota. As imagens do ocorrido provam que, desta vez, ao menos desta vez, Ralf não gerou a confusão. "Montoya brecou tarde demais, só isso", limitou-se a dizer Ralf. O alemão acabou atingindo Cristiano da Matta, da Toyota, que ficou lá mesmo também. Montoya ainda retornaria à prova. Acabou em oitavo. "Já é a segunda corrida seguida que eu não conquisto algo melhor por causa do trafego", falou Button, visivelmente contrariado. "Acho que conseguiria lutar com Rubens pelo segundo lugar, não fosse Raikkonen nos segurar no início e depois David Coulthard, onde perdia dois segundos por volta." Raikkonen assumiu o segundo lugar na largada, já que era o quarto no grid. E Coulthard, apesar de ter saído em último, apresentava excepcional desempenho, não havia feito ainda nenhum pit stop, e colocara-se em quarto, à frente do inglês, que fez a primeira parada na 11ª volta. Os dois pilotos da McLaren, porém, deram sequência à série de shows pirotécnicos oferecidos pela Mercedes na Fórmula 1, desta vez diante do público alemão. Mais dois motores quebrados para a coleção. A dupla da Renault, se não dispunham dos carros mais velozes ao menos foram regulares. Jarno Trulli classificou-se em quarto e Fernando Alonso em quinto. Felipe Massa, da Sauber, teve problemas com a embreagem, caiu para último depois da largada e terminou em nono. A próxima etapa do Mundial, a oitava, será dia 13, o GP do Canadá, no circuito Gilles Villeneuve, em Montreal.

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