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Desgaste dos pneus preocupa pilotos

"Está todo mundo preocupado com o forte calor e o elevado desgaste dos pneus", explicou Rubens Barrichello, da Ferrari, décimo hoje.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Poucas vezes, este ano, o primeiro treino livre de uma prova de Fórmula 1 teve resultado tão diferente do que deverá se verificar amanhã, na sessão que definirá o grid do GP da França, em Magny-Cours. "Está todo mundo preocupado com o forte calor e o elevado desgaste dos pneus", explicou Rubens Barrichello, da Ferrari, décimo hoje. David Coulthard, da McLaren, foi o mais veloz, enquanto Michael Schumacher, Ferrari, registrou o sétimo tempo. Desde que o campeonato começou, na Austrália, há nove corridas, nunca os pneus, em especial os traseiros, consumiram-se tanto como na veloz pista da Borgonha. "Nossa preocupação é tamanha que hoje nos dedicamos exclusivamente a conhecer o carro com os dois tipos de pneus (duros e moles), nas mais variadas condições", explicou Michael. "É por causa disso também que nossos tempos não foram muito bons. Não trabalhamos no ajuste do chassi." O alemão elogiou bastante o trabalho da Bridgestone. "Testamos o novo pneu aqui e estou surpreso com a sua evolução em relação aos testes realizados há um mês." Uma nova vitória de Michael, domingo, o deixa próximo de definir a conquista do Mundial no GP da Itália, por exemplo, diante dos fanáticos tifosi, dia 16 de setembro. Ele já tem uma vantagem de 24 pontos para David Coulthard (68 a 44) e 42 para seu irmão, Ralf, da Williams, agora um adversário bem preparado para lutar pelas vitórias. Michael comentou que depois de verificar a velocidade das Williams, equipadas com pneus Michelin, nos testes, imaginou que a corrida em Magny-Cours seria mais difícil. "Ainda é cedo, mas os nossos novos pneus diminuíram bastante essa diferença."Ao prever que a McLaren seria difícil de ser vencida em Nurburgring, domingo, e errar, Michael evitou, desta vez, prognósticos. Já Ralf Schumacher não mantinha, hoje, o mesmo otimismo de antes de viajar para a França. Ficou com o quinto tempo. Ele e seu companheiro, Juan Pablo Montoya, sexto, compreenderam que a excelente velocidade e resistência permitidas pelos pneus Michelin, nos testes, têm agora, possivelmente, a concorrência da Ferrari, equipada com os novos pneus Bridgestone. Ralf reclamou de ter perdido parte do treino da manhã. "Tive problemas elétricos e depois um pedaço da carenagem da Sauber de Niki Heidfeld perfurou meu radiador de água." O alemão do time suíço seguiu reto na curva 1, em sexta marcha, e a mais de 220 km/h, sobre a brita, foi lançando peças do seu carro. Não chegou a bater. Para Ralf, só ele e Michael devem, de novo, disputar o primeiro lugar, notadamente nas 67 voltas do GP da França. A McLaren estaria fora da luta, segundo o alemão da Williams. David e Coulthard e Mika Hakkinen, quarto hoje, experimentaram uma nova carenagem na McLaren, a fim de dar maior aderência à traseira, problema mais sério em Magny-Cours. Como no Canadá e no GP da Europa, domingo, os dois "voaram" na sexta-feira e depois ficaram muito para trás, Coulthard criticou o comportamento do carro, apesar do primeiro tempo. "Falta-nos aderência. As condições de hoje não são as mesmas das que encontramos aqui há um mês." Luciano Burti, da Prost, fez um bom treino, 12, º. A escuderia de Alain Prost e Pedro Paulo Diniz usou pela primeira vez pequenos aerofólios sobre a carenagem traseira. "É um passo adiante, sem dúvida", disse Burti. Enrique Bernoldi, Arrows, mais uma vez foi obrigado a interromper seu treino para que Jos Verstappen usasse seu carro. O motor Asiatech da Arrows do holandês quebrou ainda no início da sessão da tarde. Enrique foi o 19.º e Verstappen o 18.º. Tarso Marques, da Minardi, obteve o 22.º tempo.

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