O sócio e diretor-técnico da Williams, Patrick Head, afirmou nesta sexta-feira que a reação da sua equipe diante de outro eventual desempenho arrasador da Ferrari deve começar já. "Ficaria muito desapontado se não formos melhores no GP da Malásia do que fomos no GP da Austrália", disse o engenheiro inglês. "Se permitirmos que essa situação se perpetue, ou seja, nova dodradinha da Ferrari, mesmo se nos classificarmos em terceiro e quarto, a Ferrari irá abrir uma enorme diferença no Mundial." Como que representante dos times que competem com pneus Michelin, Head comentou esperar mais de seu desempenho na prova de Sepang, a próxima do campeonato, dia 21. Em Melbourne, na abertura da temporada, boa parte da vantagem técnica da Ferrari veio da maior eficiência dos seus pneus, Bridgestone. "Será interessante ver como reagiremos na Malásia, onde espero que não chova e esteja bem mais quente que na Austrália", falou Head. Nas temperaturas mais elevadas os pneus Michelin têm-se mostrado mais velozes e constantes que o concorrente. A Ferrari já tem 18 pontos entre os Construtores diante de apenas 9 da Williams, segunda colocada. Se os italianos têm o que comemorar com a Ferrari, o mesmo não se pode dizer quanto à permanência do GP de San Marino, disputado no seu país, em Ímola, no calendário da Fórmula 1. Bernie Ecclestone, promotor do Mundial, já informou os organizadores que com a entrada da Turquia no campeonato, ano que vem, Ímola perderia sua prova. "Escrevi ao nosso primeiro ministro, Silvio Berlusconi, solicitando ao governo federal auxílio para manter a corrida na Itália", contou nesta sexta-feira o prefeito de Ímola, Massino Marchignoli.