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Dupla da Ferrari tenta, mas desafina

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Por Agencia Estado
Atualização:

Três anos de parceria na Ferrari fazem de Michael Schumacher e Rubens Barrichelo a melhor dupla de pilotos da história da Fórmula 1. Foram 15 dobradinhas. Neste domingo, no Grande Prêmio do Brasil, os dois protagonizaram um dos piores momentos da história da escuderia italiana em Interlagos. O alemão, 34 anos, 64 vitórias, 51 poles, e três títulos seguidos na Ferrari , rodou na curva do sol quando ocupava a terceira posição, na 27ª volta. Rubinho, o pole position, parou vinte voltas depois, sem saber o que aconteceu com seu carro. "Estou profundamente desapontado, não só por mim mas pelo time", disse o alemão às dezenas de jornalistas que se engalfinhavam no paddock diante da porta traseira dos boxes da equipe. Schumacher, que vinha fazendo uma corrida de recuperação depois de ter largado na quarta fila, atribuiu às condições da pista a razão de sua frustração após a terceira etapa do campeonato - no qual se mantém com apenas oito pontos, cinco do GP da Austrália, em que terminou em quarto e três do sexto lugar no GP da Malásia. "Basicamente havia vários pontos de aquaplanagem. Algumas vezes é possível controlar, outras não." Além dos lençóis d´água, nos quais qualquer carro perde as condições de dirigibilidade, Schumacher também comentou que a visibilidade estava bastante prejudicada: "O problema eram os sprays lançados pelos carros que iam à frente e você não podia enxergar nada." O piloto, que na 11ª volta chegou a ultrapassar Rubens Barrichello, assumindo a quinta posição, demonstrou ter ficado muito chateado com o fim de prova de seu companheiro de equipe: "Sinto muito por ele. Estava fazendo uma corrida excelente, tinha todas as condições de obter um ótimo resultado e mais uma vez não pôde." Em relação ao campeonato, a única observação de Schumacher dizia respeito ao resultado final da prova (informação que até o momento da entrevista não havia chegado ao alemão): "Posso dizer que em termos de campeonato, para nós seria pior se a vitória fosse de (Kimi) Haikkonen e bem melhor se fosse do (Giancarlo) Fisichella." Enquanto esteve na pista, Schumacher impressionou. Chegou a assustar os torcedores brasileiros quando deixou Rubinho para trás e foi para cima de Mark Webber. Na 14ª volta, fez o melhor tempo (1min26s024), deixou Webber para trás e foi ao ataque contra Juan Pablo Montoya. Se livrou fácil do colombiano da Williams com uma manobra de classe, no ´bico de pato´, na 15ª volta. Vinha pisando fundo, tanto que voltou a fazer a melhor volta na 17ª. Um acidente no final da reta dos boxes obrigou a entrada do Safety Car na pista, na 19ª volta. Estava dando tudo certo para o alemão, que pode encostar no segundo colocado. Mas havia uma poça d´água no meio do caminho.

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