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Ecclestone diz que times da F-1 não devem ter teto para gastos

Dirigente propõe acordo de cinco anos com as oito equipes que decidiram abandonar a categoria no fim do ano

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Por ALAN BALDWIN
Atualização:

As equipes da Fórmula 1 devem ser livres para gastar o quanto quiserem em troca de um compromisso de longo prazo com o esporte, sugeriu neste sábado Bernie Ecclestone, que detém os direitos comerciais da F-1.

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Oito dos dez times que disputam a temporada atual, incluindo a campeã Ferrari, disseram que vão começar a planejar seu próprio campeonato a partir do ano que vem depois que não chegaram a um acordo com a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) a respeito das novas regras que incluem um teto orçamentário para as equipes.

"Eu tenho uma certa simpatia pelas equipes. Ninguém quer que venham dizer como podem gastar seu próprio dinheiro", afirmou à rádio BBC. "Eu digo, se eles se comprometerem a permanecer no campeonato por cinco anos podem gastar o quanto quiserem."

A FIA quer introduzir um teto para o orçamento dos times, possivelmente de 100 milhões de euros no ano que vem e de 45 milhões em 2011, para cortar custos diante da crise financeira mundial e permitir que novas equipes disputem o campeonato.

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Enquanto as manchetes vêm sendo dominadas por conversas de um possível rompimento e ação legal da FIA contra as escuderias, Ecclestone está esperançoso de que a situação possa ser resolvida.

"Faremos o nosso melhor. Tenho certeza de que acharemos uma solução. Temos a nós, a federação e as equipes e é assim que deve permanecer", disse.

"Acredito que, no final, as pessoas terão bom senso para não acabar com este negócio. Todo mundo deve permanecer em seu lugar e fazer o seu trabalho", acrescentou o executivo de 78 anos, que transformou o esporte em um negócio de um bilhão de dólares.

"Como sempre, quando as pessoas começam a discutir elas não sabem quando parar e todo tipo de pessoa tem ideias sobre o que deveria ou não acontecer, mas, finalmente, o problema vai se resolver por si mesmo."

Ecclestone também defendeu seu aliado de longa data Max Mosley, presidente da FIA, que está no centro da polêmica.

"É difícil para algumas pessoas entender que tudo isso começou porque ele queria salvar o dinheiro das equipes, então elas não deixariam o negócio", afirmou. "Ele fez muitas coisas boas pela Fórmula 1."

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