Em nova reunião com F-1, promotor do GP do Brasil vê boa evolução em negociação

São Paulo tenta renovar o vínculo em meio a uma disputa com o Rio de Janeiro

PUBLICIDADE

Por
Atualização:

Em processo de negociação com a Fórmula 1, o promotor do GP do Brasil esteve em nova reunião com a direção da FOM nesta semana, em Londres. Sem revelar detalhes sobre a conversa, Tamas Rohonyi vê as tratativas em boa evolução e diz que as duas partes discutem detalhes do contrato. São Paulo tenta renovar o vínculo com a F-1 em meio a uma disputa com o Rio de Janeiro.

Trata-se da segunda reunião entre Tamas e dirigentes da FOM em uma semana, na capital britânica. A primeira, na quarta-feira da semana passada, contou com as presenças do atual chefão da categoria, Chase Carey, e Duncan Llowarch, diretor financeiro da FOM. Neste primeiro encontro em Londres, as partes chegaram a elaborar uma minuta de um contrato de renovação até 2030. O atual vínculo entre São Paulo e F-1 se encerra em 2020.

Tamas Rohonyi é o promotor do GP do Brasil de Fòrmula 1 Foto: Gabriel Bilo/Estadão

PUBLICIDADE

Na nova reunião, realizada na quarta desta semana, Tamas e Carey avançaram nas conversas sobre a extensão do contrato, segundo o promotor brasileiro. Ele, contudo, evita estimar um prazo para finalizar a negociação, apesar de demonstrar otimismo. A negociação pode se estender porque a F-1 foca no momento nas tratativas com etapas cujo contrato se encerra neste ano, caso de Alemanha, Espanha e México.

Nos últimos dez dias, a categoria estendeu vínculos com o GP da Inglaterra e da Austrália, até 2024 e 2025, respectivamente. A prova britânica, disputada no tradicional Circuito de Silverstone, corria o risco de ficar de fora do calendário de 2020 da categoria.

A atual negociação entre São Paulo e F-1 vem levando mais tempo que as anteriores, que vêm mantendo a capital paulista no calendário da categoria desde 1990, sem interrupções. O vínculo vigente, até 2020, foi assinado ainda em 2014, sem maiores dificuldades. As diferenças desta para as negociações passadas são a saída de Bernie Ecclestone no comando da F-1 e a concorrência do Rio.

Ecclestone deixou a função de diretor executivo da FOM no início de 2017, sendo substituído pelo norte-americano Chase Carey, designado como CEO da categoria pela Liberty Media, empresa que adquiriu a F-1 no mesmo ano. Ecclestone é próximo aos atuais dirigentes do GP do Brasil, o que facilitava as negociações.

Agora a cidade de São Paulo tem a concorrência do Rio de Janeiro, que conta com o apoio do presidente Jair Bolsonaro e a liderança do empresário JR Pereira, presidente do consórcio Rio Motorsport - a empresa venceu a licitação para construir o autódromo de Deodoro, em maio.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.