Paulo Liebert/AE
Mario Moraes deixa o carro após a batida com Marco Andretti, na entrada do S do Samba
SÃO PAULO - O australiano
, da
, superou a chuva, confusões, companheiros e o favoritismo da
para conquistar a vitória da estreante etapa de São Paulo da
, no circuito de rua do Anhembi. O segundo colocado foi
, da
, e o terceiro colocado - num resultado excelente - foi o brasileiro
(AJ Foyt), no melhor resultado dos pilotos do País na prova - ele largou em sexto. Logo atrás dele veio
(
), com
(
) em nono lugar e
(Andretti) em décimo lugar.
Veja também:
Raphael Matos fica satisfeito com quarto lugar na Indy
Bia espera que resultado a ajude a seguir na Indy
Longe do pódio, Helinho lamenta prova conturbada
Tony Kanaan fica frustrado com 10.º lugar em São Paulo
Torcedores buscam alternativas para ver prova da Indy
Fórmula Indy terá etanol brasileiro até 2012
AJUSTES
A reforma na reta do Sambódromo, para tornar o concreto aderente, deu certo (frisagem e lavagem). Os pilotos passaram a acelerar no trecho, mas teve um inconveniente: a poeira que o concreto levantava. A visibilidade foi quase zero para todos - torcedores, televisão e, principalmente, os pilotos.
Por causa disso, a corrida já começou com uma batida.
(KV) retardou a freada na entrada do S do Samba, logo após a largada, e provocou um encavalamento de carros. O mais grave nisso foi entre
(KV) e
(Andretti) - o carro do brasileiro subiu sobre o do piloto. Foram precisos quase dez minutos para a retirada do americano, que nada sofreu.
Depois disso, com as paradas, a estreante suíça
(HVM) chegou a assumir a liderança da prova com bandeira amarela. Manteve por pouco tempo, mas o suficiente para entrar para as estatísticas. Durou o suficiente com o calor no momento (cerca de 49ºC na pista, 35ºC ambiente).
CHUVA
A chuva foi tema recorrente. Antes da largada alguns pingos caíram e preocuparam os pilotos. Porém, a partir da volta 30, esta despencou de vez. Neste momento, Kanaan, que tinha rodado minutos antes - foi atingido por
(
), que foi atingido por
(
) - entrou nos boxes e passou a fazer uma corrida de recuperação.
Com a pista molhada no sambódromo, ninguém conseguia parar. Foram quase vinte minutos de água pesada, o suficiente para mudar tudo na pista.
(Andretti),
(
) e outros ou rodaram ou passaram direto na chicane. A entrada do sambódromo acumulou muita água e todos passaram a tomar cuidado extremo.
Na volta 35, com o excesso de água na pista e a chuva, a direção de prova resolveu interromper a corrida, sinalizando com bandeira vermelha. O líder era Hunter-Reay, com Power em segundo e
(Chip Ganassi) em terceiro. O melhor brasileiro era Matos, em sexto lugar.
RETORNO
A paralisação durou 38 minutos. Com o calor, a pista começou a secar rapidamente e vários pilotos já trocaram os pneus para o tipo slick (liso), de pista seca. Faltavam 42 minutos ou 38 voltas a completar - o que fosse atingido primeiro. Nessa, Hunter-Reay foi esperto e conseguiu assumir a liderança.
No restante da prova, os torcedores brasileiros viram mais um brasileiro deixar a prova: Romancini, que escorregou e atingiu o muro na entrada da reta dos Bandeirantes. Conseguiu chegar aos boxes, mas teve de abandonar, na volta 46 - entortou a suspensão do seu carro.