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Equipes "aprendem" com treino livre

Por Agencia Estado
Atualização:

O resultado das duas sessões livres desta sexta-feira, no primeiro dia de treinos do GP da Alemanha, representou pouco em termos do que pode ocorrer neste sábado, na classificação para o grid, ou mesmo domingo, durante as 45 voltas da corrida. Afinal, Eddie Irvine, da Jaguar, foi o mais veloz. Mas os próprios pilotos, contudo, comentaram que os ensinamentos foram muitos. "Esse forte calor nos permitiu ter uma idéia precisa de como o carro se comporta com os dois tipos de pneus", disse Michael Schumacher, autor do quinto tempo. "O grande desafio para nós e a equipe é encontrar um acerto que nos permita ser rápido nas longas retas e também no estádio, onde há algumas curvas nesse circuito", explicou o alemão da Ferrari. Rubens Barrichello, quarto mais veloz, acha que para pensar em vencer novamente o GP da Alemanha será imprescindível largar na frente de Ralf Schumacher e Juan Pablo Montoya, a dupla da Williams-BMW. "Eles têm os carros mais rápidos nas retas e pneus que estão surpreendendo pela eficiência. Se nós nos posicionarmos atrás deles, não haverá como ultrapassá-los." Nesta sexta-feira Ralf treinou pouco porque rodou no início da sessão da tarde e parou na brita. Ficou em décimo. Já Montoya realizou excelente treinamento e registrou o segundo tempo. São fortes as suspeitas de que ele estivesse com volume considerável de gasolina no tanque, algo em torno de 60 quilos (75 litros), o que reforça a possibilidade de a Williams poder conquistar a primeira fila do grid neste sábado. Outro fator que chamou a atenção de todos, nesta sexta-feira em Hockenheim, foi a adaptação dos pneus Michelin ao forte calor de 33 graus durante o treino da tarde. Além dos dois primeiros, Irvine e Montoya, o fabricante francês teve Pedro de la Rosa, Jaguar, em sexto, Jean Alesi, Prost, oitavo, e Ralf, décimo, dentre outros. Para Michael, a real comparação que a Ferrari pode fazer é com a dupla da McLaren. Mika Hakkinen ficou em terceiro e David Coulthard em sétimo. "Acredito que nossas condições fossem semelhantes", disse o alemão. Suas palavras sugerem que tanto Ferrari quanto McLaren terão sérias dificuldades para superar no GP da Alemanha o conjunto Williams-BMW-Michelin. As duas escuderias usam pneus Bridgestone. O diretor-técnico da Ferrari, Ross Brawn, deu mais detalhes do que apurou com os pneus nas 35 voltas completadas por Michael e 22 de Rubinho. Este teve uma perda de pressão hidráulica no fim da sessão da tarde. "Com maior aderência nos pneus (por usar os do tipo mais macios), podemos trabalhar com menos asa, o que nos dá boa velocidade na reta sem perder muito tempo no estádio", explicou. "Mas como faz forte calor, temos de levar esse fator em consideração." Os pneus macios desgastam-se mais rapidamente, o que pode por anular a vantagem que oferecem nas curvas do estádio, a seção da pista contornada por arquibancadas. Ricardo Zonta tem um duro desafio na Jordan, no fim de semana. Ele terá de impressionar Eddie Jordan, para poder continuar como titular da equipe, tendo como referência um especialista em Hockenheim, o seu companheiro Jarno Trulli. "Disputei seis corridas de Fórmula 3 nesta pista e ganhei todas", afirmou o italiano. Nesta sexta-feira Trulli fez o 9º tempo, enquanto Zonta, o 13º, com uma marca cerca de meio segundo pior. Nada ruim, para quem está voltando e diante de Trulli. Luciano Burti, da Prost, ficou em 19º, Enrique Bernoldi, Arrows, 20º, e Tarso Marques, Minardi, 22º.

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