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Equipes da F1 colocam pressão sobre Mosley após escândalo sexual

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Por ALAN BALDWIN
Atualização:

Algumas das principais equipes de montadoras da Fórmula 1 pressionaram Max Mosley a deixar o cargo de presidente da Federação Internacional de Automobilismo após o envolvimento do britânico num escândalo sexual. Mosley, que garantiu sua permanência à frente da FIA, não demonstrou sinais de que mudou de posição. Mercedes, BMW, Honda e Toyota divulgaram comunicados criticando a posição de Mosley depois que o tablóide News of the World detalhou no domingo como ele havia pago seis prostitutas para uma orgia inspirada no nazismo. "A Toyota Motorsport não aprova nenhum comportamento que possa ser visto como prejudicial à imagem da Fórmula 1, em especial qualquer comportamento que possa ser compreendido como racista ou anti-semita", afirmou a montadora japonesa. "Figuras importantes de qualquer esporte ou negócio, incluindo o automobilismo, devem aderir rigorosos padrões de comportamento." Mosley, que culpou uma operação "oculta" contra ele e está tomando medidas na Justiça contra o jornal, pediu desculpas a todos os países filiados à FIA em uma carta na terça-feira, mas disse que não deixaria o cargo. Ele também negou qualquer "conotação nazista na questão", contrariando o que havia sido dito pelo jornal. As montadoras alemãs BMW e Mercedes, que é parceira da McLaren, divulgaram um comunicado conjunto para esclarecer que o escândalo não pode ser considerado apenas um problema pessoal. "O conteúdo das publicações é vergonhoso", disseram as montadoras. "Como companhia, nós fortemente nos distanciamos deste caso." "Essa questão diz respeito a Max Mosley pessoalmente e também como presidente da FIA, a organização mundial responsável pelos clubes de automobilismo", acrescentaram as empresas. "Suas consequências se estendem para muito além da indústria do automobilismo. Nós esperamos uma resposta das entidades relevantes da FIA." Mosley, em comunicado enviado à Reuters, respondeu com certa ironia. "Dado ao histórico da BMW e Mercedez Bens, particularmente antes e durante a 2a Guerra Mundial, eu compreendo totalmente porque eles querem se distanciar do que foi descrito por eles como conteúdo vergonhoso das publicações", disse ele. "Infelizmente, eles não me contataram antes de divulgar seus comunicados para perguntar se o conteúdo era de fato verdadeiro." "Sem dúvida, a FIA vai responder a eles em breve, assim como eu vou responder ao jornal em questão." Não houve resposta imediata da campeã Ferrari e da Renault.

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