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Equipes enviam carta aberta à Ferrari

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Por Agencia Estado
Atualização:

Oito das noves equipes que digladiam contra a Ferrari em quase tudo distribuíram uma carta aberta, neste domingo, endereçada a Luca di Montezemolo, presidente do time italiano. A maior queixa diz respeito ao fato de a Ferrari estar treinando quase todo dia com o seu novo carro F2005, em Mugello e Fiorano, seus circuitos. O texto diz tratar-se de um desrespeito ao que já existe acertado desde o GP do Japão de 2001, em que na semana dos GPs não se pode treinar mais de 50 quilômetros, ou seja, distância suficiente apenas para o teste básico dos carros antes do seu envio para a disputa da corrida no fim de semana. "A iniciativa não só potencialmente desestabiliza a Fórmula 1 como gera aumento dos custos e permite à Ferrari uma grande vantagem." A carta lembra que a Ferrari não aceita a limitação de 30 dias de testes durante a temporada, em discussão, mas que a limitação de treinos na semana da corrida já foi assinada há quatro anos, em Suzuka. Reação - A alegação dos dirigentes da Ferrari é simples: como todas as escuderias assinaram um manifesto durante o GP Brasil, ano passado, exigindo menos testes e redução nos custos, então o que já existia de acordo não vale mais. A Ferrari não concordou com o corte no número de dias de treinos, o que gerou a reação de todos contra si. E para mudar o regulamento é preciso que haja unanimidade. Neste domingo apenas Peter Sauber não assinou a carta a Montezemolo. É a Ferrari quem lhe fornece os motores para correr. A direção da Ferrari argumenta que está treinado na semana do GP da Malásia para compensar sua desvantagem em relação aos treinos de desenvolvimento de pneus. Como Jordan e Minardi não testam, sobra apenas ela para realizar o trabalho com a Bridgestone, ao passo que a Michelin tem sete times para experimentar novos pneus. Flavio Briatore, diretor da Renault, comentou estar impressionado: "As pessoas assinam um documento e depois não vale nada, não entendo."

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