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Estrutura da equipe favorece Tony Kanaan

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Por Agencia Estado
Atualização:

Tony Kanaan comemorou a primeira vitória da temporada na Indy Racing League (IRL) sem dormir direito em um vôo de Phoenix para Miami, com escalas em Vegas, Dallas e Fort Lauderdale. "Só vou celebrar na sexta-feira, com um jantar", disse o piloto brasileiro, depois de passar a manhã toda dormindo. A equipe de Tony Kanaan, a Andretti Green, é a única que possui quatro carros - Dallara/Honda - na categoria. As demais contam com um ou dois monopostos no grid. E, aos poucos, o brasileiro vai reconhecendo que isso favorece: "Somos quatro para tirar as informações do carro e da pista. E isso vai indo bem". Na metade da corrida, a Andretti Green tinha quatro carros entre os seis primeiros colocados. Depois, o escocês Dario Franchitti bateu na traseira de Tomas Scheckter e saiu da prova, o inglês Dan Wheldon ficou em 3º lugar e o norte-americano Bryan Herta, superado por Hélio Castro Neves na última volta, acabou na 7ª posição. "A vitória veio no momento certo. Eu tinha ficado decepcionado com minha performance em Homestead (8º lugar), já que erramos na escolha do down force. E como não estava confiante no carro em Phoenix, fiquei pegando no pé dos mecânicos e engenheiros, pedindo uma série de mudanças. Felizmente deu certo", contou Kanaan. Das 200 voltas da corrida em Phoenix, Kanann liderou 191, ganhando três pontos de bônus. Ele só não esteve na frente nas paradas para reabastecimento e troca de pneus. "O carro estava consistente. Eu fiquei tenso o tempo todo, mas sentia que o Scott Dixon (2º colocado) não tinha carro para me ultrapassar", revelou. Com o primeiro lugar em Phoenix, Kanaan passou para a liderança do campeonato da IRL, com 77 pontos, contra 71 de Hélio Castro Neves. A Andretti Green tem uma estrutura ainda menor do que a Penske ou a Chip Ganassi. Mas a criatividade do dono Michael Andretti está equilibrando a disputa. Ele contratou, por exemplo, Bryan Herta para desenvolver novos componentes. O piloto norte-americano compete em igualdade de condições com Kanaan, Franchitti e Wheldon, mas seu principal papel é desenvolver componentes que serão utilizados na corrida seguinte. Muitas vezes, usa até o warm up para testar uma peça nova que será usada na próxima prova. Depois de terminar o ano passado um pouco atrás da Toyota, a Honda já equilibrou a disputa. Mas a grande incógnita da IRL é saber qual fábrica - a Chevy também participa da competição - está preparando o melhor motor de 3,0 litros que passará a equipar os carros a partir das 500 Milhas de Indianápolis, dia 30 de maio. No final de abril, haverá um teste coletivo neste circuito onde as equipes já utilizarão o novo motor. A última corrida dos motores de 3,5 litros será dia 17 de abril, em Motegi, Japão. "Este é um circuito onde sempre andei bem, sempre estive perto de vencer. Vamos ver se vai ser agora", disse Kanaan, ao falar da prova no Japão. A corrida é muito importante para a Honda, dona do circuito. "Se eu vencer lá só não viro japonês. Mas vai ser demais", afirmou o brasileiro.

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