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F-1: Dobradinha pode ajudar a McLaren

Por Agencia Estado
Atualização:

Com Juan Pablo Montoya na pole position e Kimi Raikkonen em segundo, neste domingo no grid do GP da Bélgica, a equipe McLaren deu um importante passo no sentido de estender a definição do Mundial, no mínimo, até a prova de Interlagos, no próximo dia 25. Fernando Alonso, da Renault, que disputa com Raikkonen o título da temporada, vai largar em 4.º, enquanto seu companheiro, Giancarlo Fisichella, sempre disposto a auxiliá-lo, como fará Montoya com Raikkonen, sai em 13.º - precisou trocar o motor. A previsão do tempo prevê boas possibilidades de chuva para a hora da corrida, com início às 9 horas (horário de Brasília), com transmissão ao vivo pela TV Globo. Tradicionalmente, a prova no circuito de Spa-Francorchamps costuma apresentar resultado surpreendente, como no ano passado, em que, mesmo largando em 10.º, Raikkonen acabou vencendo. O tempo instável da região montanhosa das Ardenas introduz variáveis a mais na corrida. Mas, mesmo assim, a McLaren se mostrou, o tempo todo, muito veloz nos 6.976 metros da veloz pista belga. Montoya obteve a sua primeira pole position do ano, com 1min46s391, a 12.ª na carreira. Alonso, com 1min46s760, ficou 369 milésimos distante. "Não importa se irá chover ou o asfalto vai estar seco. Largando na primeira fila não faz tanta diferença", falou Montoya. "É a condição ideal, sem dúvida, para reduzirmos a diferença para a Renault", comentou Raikkonen. A perda do melhor tempo para Montoya teve explicação do finlandês: "Já estava caindo algumas gotas de água e preferi ser mais prudente". Ficou a 49 milésimos do colombiano. A disputa está, este ano, 10 a 3 para Raikkonen. "Temos um acerto de compromisso no carro, que nos permite ser eficientes no seco e no molhado", explicou o finlandês. O regulamento não autoriza mexer no acerto entre a classificação e a largada. Para ser campeão, Alonso necessita ampliar de 27 para 31 pontos a diferença que tem para Raikkonen. "Não será fácil, reconheço, mas também não é impossível", declarou Alonso. "Eles me parecem rápidos aqui, embora a nossa performance não esteja tão distante deles". A tática de Alonso ao longo das 44 voltas da corrida é clara: "Colocá-los sob pressão o máximo possível. Eles precisam de um bom resultado mais do que eu". A chuva durante a competição seria bem vinda por Alonso. "Abriria mais o jogo. Pode ajudar, sim". Há um "intruso" na luta entre Raikkonen e Alonso, neste domingo. É Jarno Trulli, da Toyota, autor da pole no GP da Bélgica em 2004, em 3.º no grid, mas que não dá sinais de poder enfrentá-los. Se o asfalto estiver seco, a tendência é a dupla da McLaren deixar os adversários bem para trás. A classificação de Trulli propõe que esteja mais leve que Raikkonen e Alonso, ou seja, fará o primeiro pit stop antes. Michael Schumacher, da Ferrari, em sexto, deu a entender que optou por apostar na chuva. Assim, tem o carro leve para o início da corrida. "No seco podemos, no máximo, pensar em somar alguns pontos. No molhado, dá para sonhar mais alto", afirmou. Rubens Barrichello, seu companheiro, assumiu que treinou com mais gasolina para estender sua permanência na pista. Lembrou que não é permitido reabastecer enquanto se troca os pneus, mesmo no caso de mudança de asfalto seco para molhado. Vai largar em 12.º. Já Felipe Massa realizou um grande trabalho com o carro da Sauber. "Digamos que foi a volta perfeita". Conseguiu 1min47s867, o 7.º tempo. Como Schumacher, porém, deverá parar no box antes de seus adversários mais próximos, o que não tira os méritos da ótima volta, por não errar em condições difíceis. Não foi a classificação que Antonio Pizzonia imaginava. O piloto da Williams, substituto de Nick Heidfeld, comentou o 15.º lugar. "Fui surpreendido com a falta de aderência do carro. Mudei o acerto do treino da manhã para o de tomada de tempo mas não funcionou". Para disputar o GP Brasil, Pizzonia necessita de outra grande performance em Spa, como fez em Monza, quando saiu em 16.º e terminou em 7.º. A Red Bull oficializou, neste sábado, a compra da equipe Minardi, a fim de usá-la como preparação de seus jovens pilotos.

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