Publicidade

F-1: muda tudo, menos o resultado

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A Fórmula 1 já se apresentou, este ano, ao lado da praia, na Austrália, em meio a uma área de floresta tropical úmida, na Malásia, e agora experimenta os ares quentes e secos do deserto de Sakhir. Mudam os cenários, os circuitos, só não há surpresas no resultado da competição: Michael Schumacher larga neste domingo na pole position do GP de Bahrein. E para completar a hegemonia da Ferrari, sua equipe, Rubens Barrichello registrou o segundo tempo na sessão que definiu o grid. Quando o treino livre da manhã terminou, era visível a expressão de alívio e contentamento dos pilotos da Williams, Juan Pablo Montoya e Ralf Schumacher. Eles haviam sido bem mais velozes de Schumacher e Rubinho e não parecia haver perspectiva de, no pequeno espaço de tempo entre aquele treino e o de classificação, à tarde, a situação reverter-se. Mas como para Schumacher e a Ferrari nada é impossível, na hora em que é mesmo para valer, na tomada de tempos para o grid e na corrida, a perfeita associação Schumacher-Ferrari-Bridgestone não desaponta ninguém. "Sabía que seria bem apertada a disputa pela pole, mas também tinha consciência ser possível", falou o alemão. Quem se surpreendeu com a marca de Schumacher e que o deslocou da pole para o segundo lugar foi Rubinho, primeiro até a entrada do companheiro na pista. "Ele cometeu dois pequenos erros, por estar acima do limite, e achei que não daria. Mas no último setor do traçado o Michael conseguiu recuperar-se muito bem", comentou Rubinho. Schumacher fez 1min30s139, à média de 216,3 km/h, 391 milésimos mais veloz que parceiro de Ferrari. A dupla da Williams, Montoya e Ralf, vem logo a seguir, 442 e 494 milésimos atrás. Foi a 58.ª pole da carreira de Schumacher que se aproxima do recorde de Ayrton Senna, com 65. Schumacher está invicto este ano: conquistou as três poles e, até agora, venceu as duas etapas já disputadas. Por enquanto. O efeito da derrota da Williams, neste sábado, quando quase todos imaginavam que ao menos no Circuito de Sakhir a Ferrari não sairia na frente, foi tal que Montoya perdeu o entusiasmo da manhã. "Não sei mais nada. O carro saiu tanto de frente no último setor que acabei perdendo a pole. Até então não havia manifestado essa tendência." Sobre suas perspectivas nas desgastantes 56 voltas da prova, falou: "Se vocês me perguntassem depois do treino da manhã eu diria que nossas chances seriam grandes, agora não sei o que falar, esperar." Rubinho também expressou sua surpresa com a queda de rendimento da Willliams. "Quem sabe eles estavam com o carro bem leve de manhã." A BAR já deixou a McLaren para trás. É o que se pode concluir neste início de temporada. Kimi Raikkonen optou por não marcar tempo a fim de substituir outro motor Mercedes, o segundo no fim de semana, e largar em último. O outro piloto da McLaren, time que já dominou a Fórmula 1, David Coulthard, obteve a décima colocação. Já Takuma Sato é o quinto no grid e Jenson Button, ambos da BAR, o sexto. De quem se esperava mais também é a Renault. O espanhol Fernando Alonso, talvez influenciado pelo tratamento de supercampeao que a Fórmula 1 lhe dá, errou de novo. Resultado: sai em 17.º, e Jarno Trulli, em sétimo. Christiano da Matta, da Toyota, realizou outro bom trabalho. Larga em nono. Felipe Massa, da Sauber, errou nas curvas 1 e 4 e perdeu, pela primeira vez no ano, a disputa com Giancarlo Fisichella, o companheiro. Ocupará o 13º lugar no grid. A TV Globo transmite o GP de Bahrein, terceiro da temporada, a partir das 8h30.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.