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F-1 prevê mundial mais equilibrado

O objetivo das escuderias em 2002 é tornar as coisas mais difíceis para Michael Schumacher e a Ferrari, campeões com alguma facilidade este ano.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar de o próximo treino em pista da Fórmula 1 ser apenas dia 1º de janeiro, por conta da proibição de testes particulares até o fim do ano, projetistas, mecânicos e funcionários das equipes em geral mantêm-se no trabalho em ritmo acelerado. Eles já preparam os carros da temporada de 2002, prevista para começar dia 3 de março em Melbourne, na Austrália. O objetivo é tornar as coisas mais difíceis para Michael Schumacher e a Ferrari, campeões com alguma facilidade este ano. Todos os indícios são de que eles conseguirão. A cara da Fórmula 1 no próximo campeonato será um pouco diferente da apresentada aos japoneses, em Suzuka, domingo, no encerramento do Mundial. Por enquanto, dois pilotos têm sua estréia confirmada: o talentoso Felipe Massa, paulista de 20 anos, na Sauber-Ferrari, e o japonês Takuma Sato, 24 anos, na Jordan-Honda. Dentre as equipes, a novidade será a Toyota, com uma organização própria, dotada de estrutura capaz de produzir carro, motor e câmbio. Mika Salo, finlandês que já disputou 93 GPs na Fórmula 1, de 1994 até o ano passado, será um dos pilotos. O escocês Alan MacNish, piloto de testes, se confirmado como titular será o terceiro estreante no campeonato. "Na mais otimista das previsões não imaginávamos vencer quatro corridas este ano", afirmou Gerhard Berger, diretor esportivo da BMW, sócia da Williams. A forma convincente como o time de Frank Williams disputou o último Mundial somada à impressionante maturidade adquirida por Juan Pablo Montoya, no terço final do campeonato, lançam sobre o conjunto Williams-BMW-Michelin um certo favoritismo para ficar com o título. Ralf Schumacher e Juan Pablo Montoya só não lutaram com Michael Schumacher e a Ferrari, este ano, porque em alguns circuitos, onde se exigia muita pressão aerodinâmica, como o de Barcelona, Mônaco e Hungria, o modelo FW23 não rendeu bem. "Para sermos campeões temos de ser velozes em todas as pistas. Estamos atacando esse problema do carro", disse Frank Williams, em Monza, depois da primeira vitória de Montoya na Fórmula 1. Pelos lados da McLaren, o projetista Adrian Newey nem viajou para as últimas provas a fim de concentrar-se no modelo de 2002. Chassi e motor serão profundamente distintos dos usados este ano, o pior desde que Newey passou a diretor-técnico da equipe, em1997. A Mercedes deixou de lado seu motor V-10 a 72 graus para trabalhar num V-10 a 90 graus, como o da Ferrari e da BMW. Já se sabe que David Coulthard não fará mais do apresentado até agora, ou seja, muito pouco. A esperança do time da Mercedes é Kimi Raikkonen, substituto de Mika Hakkinen. Uma das maiores atrações do Mundial de 2002 será a "briga" pelo quarto lugar, concorrido ponto a ponto. Este ano deu Sauber. Mas será difícil para a futura equipe de Massa manter-se à frente da Renault (ex-Benetton), Jordan-Honda, Jaguar-Ford, BAR-Honda e Arrows-Ford. Esses times, todos de orçamento bem maior que o da escuderia suíça, estão se reorganizando para justificar o elevado investimento que recebem, não retribuído com resultados este ano. Na Prost tudo está indefinido, em razão da falta de patrocinadores, enquanto na Minardi a perda do projetista Gustav Brunner, para a Toyota, e a troca do motor Ford pelo Asiateh comprometerão a presença dos seus carros no grid em algumas etapas do Mundial.

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