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F-1: Ralf faz alerta ao irmão Michael

"Meu irmão vai ver o que é disputar a posição comigo", disse Ralf, enquanto Michael, orgulhoso ria.

Por Agencia Estado
Atualização:

O coração da mamãe Schumacher, em Kerpen, Alemanha, deve bater mais forte amanhã, às 14 horas, no momento da largada do 30º GP do Brasil, em Interlagos: seus dois filhos, Michael, da Ferrari, e Ralf, Williams, largam na primeira fila. "Meu irmão vai ver o que é disputar a posição comigo", disse Ralf, enquanto Michael, orgulhoso de Ralf, ria como em poucas vitórias das 46 que conquistou na carreira. "Seria bom se nos habituássemos com essas coisas", falou Michael. Rubens Barrichello reclamou que, com pneus novos, sua Ferrari saía muito de frente. Ele ficou apenas em sexto. O grid é um dos mais "apertados" das últimas corridas. Michael Schumacher parece mesmo destinado a quebrar recordes de todas naturezas. Hoje ele entrou para a história de novo ao formar com Ralf a primeira dobradinha de irmãos na primeira fila do grid na Fórmula 1. "Conheço meu irmão muito bem e sei que não teremos problemas na primeira curva", disse Michael. Mas se ele recordar do GP da Grã-Bretanha do ano passado e, pior ainda, o de Luxemburgo de 1997, sua tranquilidade terá de ser revista. Em Silvestone, se Michael não tira o pé na largada os dois colidiriam com violência. O piloto da Ferrari caiu para sétimo. E em Nurburgring, Ralf jogou o irmão para fora ainda na primeira curva. Foi a sétima pole position consecutiva de Michael, que desde o GP da Itália do ano passado vem ganhando tudo na Fórmula 1. "Sei que amanhã (domingo) podemos vencer de novo, mas não será fácil." O alemão reconheceu que os adversários estão avançando, mas sentado ao lado de Ralf tratou de colocar os seus pés no chão. "A Williams cresceu, lógico, mas não a sinto ainda com chances de brigar pela vitória com Ferrari e McLaren." Curiosamente, ou talvez por dissuadir o irmão, Ralf concordou: "É, ainda não estamos preparados." Michael não diz, mas dá a entender que espera maior resistência de Mika Hakkinen, da McLaren, terceiro ontem, que de seu irmão. A McLaren, agora equipada com uma asa dianteira praticamente igual à da Ferrari, tornou-se bem mais veloz. "Eu não estou surpreso com nossa ascensão. Testamos em Barcelona e compreendi que recuperamos um pouco a diferença que havia para a Ferrari", falou o campeão do mundo de 1998 e 1999. Hakkinen ficou a 342 milésimos de Schumacher, o que é bem diferente dos 820 milésimos de segundo de Sepang. Se a McLaren encostou na Ferrari, a Williams comprovou o que se esperava dela ao menos na sessão de classificação. Ralf de novo obteve uma marca semelhante à de Michael: apenas 310 milésimos pior. O quarto lugar de Juan Pablo Montoya no grid confirma que a Williams, a BMW, os pneus Michelin e a gasolina da Petrobras formaram um pacote técnico poderoso e que, ainda este ano, pode conquistar uma vitória no campeonato. Cerca de 30 mil pessoas acompanharam o emocionante treino deste sábado em Interlagos. Entre a marca de Ralf, em segundo, e a de Rubens Barrichello, sexto, há um intervalo de tempo de apenas 101 milésimos de segundo. Rubinho lamentou o fato de que, com pneus novos, sua Ferrari perde aderência na frente em vez de ganhar. Luciano Burti, da Jaguar, obteve o 14.º lugar no grid, apenas 179 milésimos mais lento que Eddie Irvine, companheiro de Jaguar, o 13º. Enrique Bernoldi, da Arrows, 16º, foi 47 milésimos mais veloz que o parceiro, Jos Verstappen, 17º, e Tarso Marques, da Minardi, obteve o 22º tempo. Neste domingo, 65 mil pessoas lotarão o autódromo de Interlagos. A corrida, pelo apresentado hoje, promete ser mais disputada do que se pensou em princípio. O tempo da pole position, 1min13s780, é apenas 331 melhor que a do ano passado.

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