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F1: Mosley e times optam pelo silêncio

Por Agencia Estado
Atualização:

Pode ser que os atentados terroristas de quinta-feira em Londres tenham proporcionado uma trégua na disputa política na Fórmula 1. Mas o fato é que nesta sexta, em Silverstone, nem o presidente da FIA, Max Mosley, e nem as 9 equipes que pedem a sua saída do cargo falaram sobre o caso. Os dois lados evitaram a imprensa nesta sexta-feira. Mosley até deu a entender que nada acontecerá: "Estou muito otimista quanto ao futuro. Pela primeira vez a FIA distribuiu um questionário para recolher propostas de como deve ser a Fórmula 1 para 2008." Flavio Briatore, diretor da Renault e um dos líderes do movimento que defende reestruturação profunda da FIA, pediu aos jornalistas que não lhe fizessem perguntas a respeito da reunião de quarta-feira à noite, em Munique. Na ocasião, 9 das 10 equipes da Fórmula 1 - a exceção foi a Ferrari - reuniram-se para estudar o lançamento de um candidato para concorrer com Max Mosley, em outubro, quando haverá eleição para a presidência da entidade. Na eleição da FIA, votam os cerca de 150 representantes das confederações. Dois candidatos em potencial, ao menos para as equipes, já afirmaram nesta sexta-feira que não se interessam pelo cargo. "Nenhuma chance. Gosto de competir, gerenciar uma equipe, mexer com a área comercial, não a política do esporte", declarou David Richards, ex-diretor da BAR. "Não, tenho já muitos compromissos", avisou o ex-piloto Jackie Stewart, que conquistou três títulos da Fórmula 1, é o presidente do British Racing Drivers Club (BRDC) e também é proprietário do circuito de Silverstone, além de embaixador do Royal Bank of Scotland. Agora, os diretores de Renault, McLaren, Toyota, Williams, Red Bull, Sauber, Jordan, Minardi e BAR parecem concentrar seus esforços no presidente da Federação Alemã de Automobilismo (Adac), o jovem Hermann Tomczyk, que já manifestou-se favorável à idéia de entrar na eleição. Nesta sexta-feira, em Silverstone, Max Mosley não respondeu quando lhe perguntaram: Como você se sente neste ambiente, já que todos querem vê-lo longe daqui? Ele parecia estar vivendo um clima de total tranqüilidade. "Penso que teremos boas discussões a respeito do regulamento de 2008. A Fórmula 1 será bem diferente", afirmou o dirigente. Mas as 9 equipes já avisaram: se Max Mosley se reeleger, deixam a Fórmula 1 e promovem seu próprio Mundial. A Ferrari, por enquanto, evita entrar na briga, apesar de apoiar o atual presidente da FIA. Outro personagem dessa história é Bernie Ecclestone, responsável por promover o Mundial de Fórmula 1. Ele também evitou comentar o caso nesta sexta-feira. Mais problemas - Enquanto isso, os pilotos estão mais preocupados com a própria segurança. Na tradicional reunião de sexta-feira, eles definiram uma relação de medidas que irão pedir para Max Mosley implantar nos testes privados da categoria. Segundo os pilotos, o risco neste tipo de treino é maior, porque uma série de cuidados observados nos fins de semana de corrida são esquecidos. Mas o presidente da FIA cancelou o encontro que teria com os pilotos nesta sexta-feira, por sentir-se atingido pela críticas ao regulamento da categoria feitas pelo escocês David Coulthard, da Red Bull. "Estou convidando Coulthard, oficialmente, para um encontro na próxima semana", revelou Mosley. Assim, os pilotos finalmente terão sua reunião com o presidente da FIA. A maioria, contudo, já manifestou apoio à direção de suas equipes para tirar o dirigente do cargo.

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